Tecnologias que envolvem inteligência artificial sempre foram pautas para discussões acaloradas nas redes sociais — mas muitos não negam que é um recurso valioso. Seguindo essa tendência, a Microsoft revelou o Muse, uma ferramenta de IA generativa para jogos que, segundo ela, pode gerar “visuais de jogos, ações de controle ou ambos”.

A tecnologia foi revelada na última quarta-feira (19) e é desenvolvida pela equipe de inteligência de jogos da Microsoft em colaboração com a Ninja Theory, estúdio responsável por Bleeding Edge — jogo que foi usado nos testes para mostrar na prática como o recurso deve funcionar.

A tecnologia teve acesso ao equivalente a sete anos de dados de gameplay humano de Bleeding Edge, permitindo o treinamento do modelo em um bilhão de pares de ações e imagens.

O estudo é considerado um marco na pesquisa de IA generativa para jogos e foi até publicado na conceituada revista científica Nature.

O que a nova tecnologia de IA generativa da Microsoft faz?

Atualmente, o Muse consegue gerar visuais de jogo em uma resolução de 300 x 180 pixels, um avanço em relação aos 128 x 128 pixels de projetos anteriores da Microsoft. No entanto, essa resolução ainda está bem abaixo do padrão Full HD (1920 x 1080) — utilizado pelos jogadores de PC.

Fatima Kardar, vice-presidente corporativa de jogos em IA da Microsoft, afirmou que o modelo é capaz de criar gameplays consistentes e diversos, representando um avanço no uso de IA para dar suporte aos desenvolvedores.

Segundo a executiva, a tecnologia pode ser aplicada nos estágios iniciais de desenvolvimento e auxiliar na criação dos elementos de um jogo.

“Para o Xbox, os princípios que orientam nossa abordagem à IA são criar mais valor para jogadores e criadores, levar mais jogos para mais pessoas ao redor do mundo e reconhecer que o desenvolvimento de um ótimo jogo sempre será baseado na visão e na arte do criador”, disse Kardar em coletiva de imprensa. “Acreditamos que a IA generativa tem o potencial de aprimorar essa criatividade e desbloquear novas possibilidades”.

Apesar das inovações, a Microsoft esclarece que o Muse não foi projetado para substituir desenvolvedores ou gerar jogos completos. O objetivo é oferecer ferramentas que facilitem o processo criativo e manter a participação humana no processo de desenvolvimento.

Muse pode ser usado para reviver jogos clássicos de Xbox

Em vídeo publicado junto com a revelação do Muse, o chefão da Microsoft Gaming, Phil Spencer, também expressou otimismo quanto aos benefícios futuros da nova tecnologia de IA generativa da Microsoft para a preservação de jogos clássicos.

“Você poderia imaginar um mundo onde, a partir de dados de gameplay e vídeo, um modelo pudesse aprender jogos e realmente torná-los portáteis para qualquer plataforma de execução. Eu acho isso realmente emocionante”, celebrou o executivo.

“Nós conversamos sobre preservação de jogos como uma atividade para nós e esses modelos e sua capacidade de aprender completamente como um jogo funciona, sem a necessidade do motor original rodando no hardware original, eu acho que abre uma tonelada de oportunidades”, concluiu.

Será que teremos alguns jogos clássicos do Xbox voltando à vida com o Muse futuramente? Comente nas redes sociais do Voxel o que você achou da nova tecnologia de IA generativa da Microsoft!


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