Após o lançamento do iPhone 16e, novo smartphone mais acessível da Apple, os fãs da empresa se perguntam quando a gigante da tecnologia lançará um iPhone dobrável. Múltiplos rumores de fontes confiáveis apontam que a companhia realmente trabalha nesse dispositivo, mas ainda pode demorar.

Contudo, uma coisa é praticamente certa: a Apple vai lançar um iPhone dobrável. Disponíveis há alguns anos e cada vez demonstrando mais novidades, como o Huawei de tela tripla, falta somente o toque especial da Maçã para esses produtos caírem no gosto dos consumidores.

O TecMundo preparou um compilado sobre tudo o que sabemos até agora sobre esse aparelho, incluindo informações quentes do analista Ming-Chi Kuo, muito respeitado na indústria.

Design e construção

Segundo os detalhes compartilhados por Kuo, o iPhone dobrável deve adotar a um formato de livro aberto similar ao que a Samsung faz com o Galaxy Z Fold. O display interno deve ter algo perto de 7,8 polegadas enquanto o display externo mede 5,5 polegadas. Os valores são ligeiramente distintos em relação ao Fold 6, que tem tela interna de 7,6 polegadas e externa de 6,3.

A respeito da espessura, ponto que vem ganhando cada vez mais destaque nos dispositivos desse naipe, a expectativa é que o aparelho tenha entre 9 e 9,5 mm quando dobrado e até 4,8 mm desdobrado. Caso se confirme, isso faria com que o dobrável da Apple fosse um dos mais fininhos do segmento, já que a média de espessura dobrada costuma fica perto dos 12 mm.

Um dos pontos que a Apple vem batendo na tecla internamente é sobre o vinco da tela, ou seja, a saliência criada para o display dobrar e desdobrar constantemente. A companhia quer tolerância zero para esse vinco e teria descoberto uma maneira de eliminar o “problema”, mesmo que isso aumente os custos de fabricação.

Renderização conceitual do iPhone dobrável
iPhone dobrável pode ser até bem compacto quando fechado (Imagem: AppleInsider/Reprodução)

Função muito utilizada pelos donos de iPhone, o Face ID pode não aparecer no iPhone dobrável. A tecnologia de autenticação facial que permite desbloquear o aparelho e até realizar compras pode não funcionar corretamente devido a problemas na construção interna do dispositivo, e a Apple deve optar pelo Touch ID — uma autenticação via digitais dos dedos por um botão lateral.

Para a construção do vindouro smartphone, a empresa liderada por Tim Cook deve usar liga de alumínio, aço inoxidável e titânio para dar o tom premium e um acabamento resistente ao produto. A tela também pode utilizar alguma proteção extra, como a tecnologia Ceramic Shield, que utiliza cristais de nanocerâmica na composição do vidro.

iPhone Flip?

Mesmo que as informações do analista Ming-Chi Kuo sejam muito pertinentes, diversos rumores entre 2023 e 2024 apontam que a Apple também considerava um iPhone em formato de concha. Essa escolha de design é a mesma que a Samsung usa com o Galaxy Z Flip, que abre e fecha na vertical.

A informação vem do site The Information, que também tem um grande histórico de acertos. Todavia, há dezenas de especulações que apontam projetos relacionados ao dobrável em formato de concha e livro, sendo difícil cravar qual será a escolha da Apple.

Renderização do suposto iPhone Flip em formato de concha
O iPhone Flip pode ser um dispositivo mais simples de produzir do que um modelo no formato de livro aberto (Imagem: Technizo Concept/LetsGoDigital)

Pode ser que a empresa inicialmente lance um desses modelos, e depois anuncie uma variante dobrável em outro formato. Porém, parece improvável que a Apple lançará dois dobráveis diferentes simultaneamente a curto ou médio prazo.

Câmera e hardware

Agora que boa parte das especulações mais concretas de Kuo terminou, chegou o momento de usar a imaginação ou rumores menos confiáveis para tentar prever o que a Apple fará com o iPhone dobrável.

Começando em chip, memória e armazenamento, é realmente difícil dizer agora o que a Apple terá na manga para esse dobrável. Quando o smartphone for lançado, potencialmente nos próximos dois anos, a companhia já deve estar com os chips A19 ou A20 em uma litografia igual, ou inferior aos 2 nanômetros.

Em outras palavras, isso significa que os chips modernos podem contribuir para um smartphone mais veloz, que esquenta menos e consome menos energia.

Imagem de um chip da Apple
Chips da Apple são muito bem dimensionados para as capacidades dos novos iPhones (Imagem: Apple)

Inclusive, a bateria deve ser um ponto importante para o aparelho e pode ser um divisor de águas, dado o histórico da Apple em baterias com baixa capacidade. Kuo salienta que a bateria do aparelho deve ter a mesma densidade de células da peça presente no iPhone 17 Slim.

Memória RAM é outro tópico sensível na Apple, visto que faz pouco tempo que a empresa finalmente inseriu 8 GB nos seus smartphones topo de linha. Para o dobrável, não faria sentido a Maçã inserir menos do que isso, mas não há nenhuma informação atual que coloque o futuro celular com uma configuração mais avançada.

Para as câmeras, as informações expostas por Kuo indicam que o dobrável da Apple terá uma câmera traseira de lente dupla, e uma frontal disponível quando o aparelho estiver dobrado ou desdobrado. Também não há detalhes sobre a resolução, sensores ou demais tecnologias desses componentes.

Mais inteligência artificial

Apesar de não se aprofundar nesse tema, Kuo aponta que o iPhone dobrável será um verdadeiro smartphone movido por IA. O analista cita exemplos de integração entre aplicativos, conversas interativas com um chatbot por conta da tela alongada, etc.

Essa é uma questão que depende não só das capacidades do iPhone dobrável, mas principalmente do Apple Intelligence. O ecossistema da Apple é recente e ainda precisa amadurecer em muitos serviços, como em edição de fotos, para bater de frente com uma tecnologia mais encorpada como o Galaxy AI.

Apresentação em que a Apple anuncia o Apple Intelligence
Tecnologia de IA da Apple ainda é muita mais uma promessa do que um real bom recurso para usuários (Imagem: Apple)

Data de lançamento e preço

Por fim, similar a outros produtos da Apple, o iPhone dobrável não deve ser nada barato e pode custar entre US$ 2.000 e US$ 2.500, ou seja, até R$ 14.000 em conversão direta.

A data de lançamento ainda não está cravada, mas a aposta mais segura é que o aparelho chegará ao varejo entre o segundo semestre de 2026 e o início de 2027. Inclusive, essa informação também já havia sido reportada por um conhecido jornalista da Bloomberg há algumas semanas. 


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