A SpaceX de Elon Musk está prestes a tomar da Verizon um contrato bilionário para modernizar as comunicações do controle de tráfego aéreo dos EUA. Segundo o Washington Post, a FAA (Administração Federal de Aviação) está reconsiderando um acordo de US$ 2,4 bilhões e pode transferi-lo para a Starlink, subsidiária da SpaceX. Musk, que lidera a polêmica “eficiência governamental” de Trump, vem atacando a Verizon nas redes sociais, alegando – sem provas – que o sistema da empresa está “à beira do colapso”. Enquanto isso, funcionários da SpaceX já operam dentro da FAA e até possuem e-mails institucionais.
O nome da Starlink também aparece em outra polêmica. Dados revelados pela WIRED mostram que redes criminosas no Sudeste Asiático estão usando a internet via satélite da empresa para aplicar golpes e manter milhares de pessoas em condições análogas à escravidão. Em um complexo no Myanmar, traficados relataram que, mesmo após cortes de internet pelo governo local, dezenas de antenas Starlink garantiram a continuidade das operações. Autoridades tailandesas pediram publicamente que Musk desligasse os equipamentos usados por criminosos, mas a SpaceX não respondeu.
Além disso, a mesma Starlink que pode substituir a Verizon na aviação também está expandindo seu uso dentro do próprio governo americano. A FAA tem adotado cada vez mais os satélites da SpaceX, levantando dúvidas sobre conflitos de interesse. No centro da questão está o papel duplo de Musk: um empresário bilionário com contratos cada vez mais lucrativos com o governo e, ao mesmo tempo, um dos rostos da administração Trump.
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