Na última quinta-feira (23), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood finalmente revelou os indicados ao Oscar 2025. Este ano, a votação que escolheu os títulos selecionados acabou sendo prolongada em alguns dias como consequências dos grandes incêndios florestais próximos à cidade de Los Angeles.
Embora a escolha dos filmes seja feita na forma de uma votação, nem todos sabem como o processo funciona ou o que é preciso fazer para participar. No entanto, não há grande mistério sobre isso, e até mesmo quem trabalhou nos projetos concorrentes tem uma chance de influenciar no resultado final.
Para participar da escolha dos concorrentes do Oscar 2025, basta ser um membro da Academia, que atualmente conta com 1.258 atores filiados (e mais de 10 mil pessoas como um todo) capazes de votar.
Quem são os brasileiros que votam no Oscar 2025?
Essa característica democrática da premiação ajuda a explicar porque é comum que existam verdadeiras campanhas ligadas à promoção de um longa-metragem. Além de fazerem com que o público saiba mais sobre eles, elas também colaboram para que os próprios membros da Academia dediquem mais de sua atenção e tempo a considerar um candidato em potencial.
Felizmente, há mais de 50 brasileiros votantes atualmente na Academia. Entre eles estão alguns membros da própria produção do filme, como a atriz Fernanda Montenegro, o diretor Walter Salles e Selton Mello, que dá vida ao político Rubens Paiva no longa-metragem.
Confira a lista completa de nomes:
- Adriano Goldman (diretor de fotografia)
- Affonso Beato (diretor de fotografia)
- Alê Abreu (diretor e animador)
- Alice Braga (atriz)
- Andrea Barata Ribeiro (produtora)
- Anita Rocha da Silveira (diretora)
- Anna Muylaert (diretora)
- Anna Van Steen (maquiadora)
- Antonio Pinto (compositor)
- Bruno Barreto (diretor)
- Cacá Diegues (diretor)
- Carlinhos Brown (compositor)
- Carlos Saldanha (diretor e animador)
- Carolina Markowicz (diretora)
- Daniel Rezende (diretor e montador)
- Emilio Domingos (documentarista)
- Fabiano Gullane (produtor)
- Felipe Lacerda (montador)
- Fernanda Montenegro (atriz)
- Fernando de Goes (cientista de computação)
- Fernando Meirelles (diretor)
- Helena Solberg (diretora)
- Heloísa Passos (diretora)
- Ilda Santiago (curadora)
- Jefferson De (diretor)
- João Atala (documentarista)
- João Moreira Salles (documentarista)
- José Padilha (diretor)
- Karen Akerman (editora e produtora)
- Karen Harley (montadora)
- Karim Aïnouz (diretor)
- Kleber Mendonça Filho (diretor)
- Laís Bodanzky (diretora)
- Lula Carvalho (diretor de fotografia)
- Marcelo Zarvos (compositor)
- Maria Augusta Ramos (documentarista)
- Mauricio Osaki (diretor)
- Mauricio Zacharia (roteirista)
- Paula Barreto (produtora)
- Pedro Kos (documentarista)
- Petra Costa (documentarista)
- Renato dos Anjos (supervisor de animação)
- Rodrigo Santoro (ator)
- Rodrigo Teixeira (produtor)
- Sara Silveira (produtora)
- Selton Mello (ator e diretor)
- Sérgio Mendes (compositor)
- Sônia Braga (atriz)
- Vânia Catani (produtora)
- Vera Blasi (roteirista)
- Wagner Moura (ator e diretor)
- Waldir Xavier (engenheiro de som)
- Walter Salles (diretor)
Entrar na Academia não é um trabalho simples
Apesar de o sistema de votação da Academia ser democrático, participar do processo em si não é algo necessariamente simples. Para fazer parte dela, que tem 18 filiais espalhadas pelo mundo, não basta ter trabalhado na produção de um filme como ator, produtor, diretor ou roteirista — é preciso também que dois membros ativos indiquem um candidato no ramo em que ele deseja ser admitido.
As pessoas “patrocinadas”, bem como quem as indicou, são analisadas pelo Conselho de Governadores da entidade, que decide quem vai receber os convites. A exceção a essa regra são as pessoas que foram indicadas diretamente ao Oscar, maneira pela qual nomes como Fernanda Montenegro, Fernando Meirelles e Petra Costa conquistaram suas posições.
