Em uma breve viagem pela Europa, podemos notar algo fascinante: a cúpula da maioria dos prédios históricos e demais ornamentos apresentam uma coloração verde marcante. No entanto, se pararmos para pesquisar, descobrimos que quase todos esses edifícios foram construídos com cobre — o qual tem tonalidade bem avermelhada.
Então, qual o sentido das cidades terem sido tomadas por tantas estruturas verdes ao longo dos anos? A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo. Assim como acontece com outros metais, o cobre passa a sofrer inúmeras reações químicas quando está exposto aos elementos naturais da Terra, adquirindo outra coloração. Quer saber mais sobre esse processo? Entenda mais nos próximos parágrafos!
Transformação do cobre
(Fonte: Shutterstock)
Quando o cobre metálico começa a corroer, ele forma algo que é chamado de camada de óxido. Essa camada, por sua vez, forma-se quando a superfície do cobre reage com o oxigênio e as moléculas de água presentes na atmosfera da Terra. Com o passar do tempo, a quantidade de sais de cobre e oxigênio vai se tornando cada vez mais espessa, eventualmente cobrindo todo o metal que estava exposto para reagir com o ar.
Por esse motivo, no começo do processo a coloração pode adquirir alguns tons de manchado ou preto. À medida que o óxido amadurece, ele vai ganhando mais cor e tudo vai se transformando. Nessa hora, os observadores verão cores que mudam de amarelo-avermelhado, azul e terminando no esverdeado.
A Estátua da Liberdade, por exemplo, é um clássico de como o cobre vai ficando verde com o tempo, assim como o mesmo tipo de metal visto em várias outras estátuas, prédios antigos governamentais e universidades. Embora a cor verde não seja o objetivo inicial desses projetos, a interação entre obra humana e natureza acaba sendo encantadora.
Propriedades do cobre
(Fonte: Shutterstock)
Como dito anteriormente, os óxidos não adquirem tonalidades esverdeadas logo de cara. Em vez disso, a cor surge de uma série de reações que mostram os traços de sulfato e cloreto na atmosfera nos processos de oxidação. O enxofre, por exemplo, surge da queima de combustíveis com essa substância e depois caem no metal através da água da chuva.
Essa é uma demonstração de como a mudança gradual na cor do cobre requer várias etapas. Na tabela periódica, o cobre está situado ao lado do níquel e do zinco na primeira linha dos chamados “metais de transição” — aqueles com propriedades bem específicas.
Isso significa que esses metais, além de serem ótimos condutores de eletricidade, são mais resistentes à corrosão e são muito maleáveis, criando uma boa transferência de calor. Em comparação com o ouro e com a prata, que estão abaixo na tabela periódica, o cobre está muito mais suscetível à oxidação. Porém, principalmente por ser mais abundante na natureza e mais barato, tornou-se um elemento importantíssimo na engenharia urbana e nos proporcionou a visão dos ilustres domos verdes.
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