Um grupo especializado na prática de fraudes financeiras em larga escala contra clientes de diferentes bancos, utilizando um malware específico, foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (22). A ação ocorreu nos estados de São Paulo e Goiás.
De acordo com a Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) da corporação, a associação criminosa utilizava o malware CHAES em suas campanhas maliciosas. Contando com estágios altamente sofisticados, o programa possibilitava o roubo de dados sensíveis de usuários de instituições financeiras.
Aproveitando as capacidades do malware bancário, os cibercriminosos conseguiam coletar informações como credenciais de acesso a contas bancárias e dados de pagamento, que eram utilizados para a prática de diferentes tipos de fraudes. Detalhes sobre os métodos de ação da quadrilha não foram divulgados.
Correntistas de diversas instituições bancárias se tornaram alvo do grupo. Porém, o foco estava nos clientes da Caixa Econômica Federal, segundo a investigação, que também contou com o apoio da Coordenação de Repressão a Crimes de Alta Tecnologia (CCAT) da PF.
Operação CHAES
A operação, cujo nome foi baseado no malware usado para a coleta de dados bancários, teve mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de Campinas (SP) e Caldas Novas (GO). Também foi incluída a localidade vinculada à pessoa acusada de atuar como desenvolvedora do software malicioso.
Como resultado da ação, foi decretado o sequestro e o bloqueio de bens e valores pertencentes aos investigados, para garantir que os prejuízos causados pelos cibercriminosos sejam ressarcidos. O grupo também terá que responder por lavagem de dinheiro.
“A Polícia Federal reforça seu compromisso em combater os crimes cibernéticos e contribuir com a proteção do sistema financeiro nacional e a segurança cibernética no Brasil. Novas diligências estão sendo realizadas e a investigação continua para identificar outros possíveis integrantes do esquema”, destacou a corporação, em comunicado.
