Políticas governamentais dizem muito a respeito dos planos que as nações têm para o seu futuro e suas relações com os demais países. O que não falta na história são ideias esquisitas, que surgiram na mente dos mais variados governantes de diferentes espectros políticos para colocar em ação medidas pouco ortodoxas para a população.
Alguns dos esquemas chegam até a lembrar os planos de personagens de desenho animado, por isso não se surpreenda caso algum dos itens desta lista pareça mentira, tamanha a falta de bom senso. Por sorte de todos, nenhum dos planos aqui encontrados chegou a se concretizar, seja por terem sido abandonados pelo caminho, seja por não terem dado certo.
1. República da Minerva
(Fonte: Wikimedia Commons)
Michael Oliver não é muito conhecidos por aqui. Atuante no ramo imobiliário de Las Vegas, Oliver era um anarco capitalista de extrema-direita e fã da escritora Ayn Rand, criadora do objetivismo. Michael era tão envolvido com ideias liberais que criou a Fundação Phoenix, para apoiar e incentivar o desenvolvimento de países libertários independentes.
Sim, você não leu errado, Oliver queria criar nações em ilhas tropicais, solidificando o espaço para a expansão do anarco capitalismo. Seus companheiros de iniciativa? Extremistas, outros anarco capitalistas, mafiosos e traficantes de drogas e pessoas. Apesar de parecer loucura, Oliver até conseguiu levar parte de seu plano adiante.
Em 1972, tomou conta de uma ilha no Pacífico Sul e a declarou como nação: a República da Minerva tinha presidente, moeda e zero tributação ou intervenção estatal na economia. Michael Oliver só não contava que o rei de Tonga não gostaria da iniciativa e enviaria seu exército para expulsar os invasores da ilha.
2. Carne de hipopótamos
(Fonte: Wikimedia Commons)
No início do século XX, o Estados Unidos estava distante de ser a potência que é hoje. O país enfrentava uma intensa escassez de carne, em virtude do preço elevado dos bovinos e da alta demanda pelo produto. Foi então que Frederick Russell Burnham teve a “brilhante” ideia de convencer as pessoas que a solução seria passar a consumir carne de hipopótamo.
De origem britânica, Burnham morou na África anos antes, onde se acostumou ao consumo de carnes exóticas. A ideia surgiu porque os animais mais consumidos pela população não eram nativos dos EUA, enquanto outros animais de origem africana se adaptariam facilmente ali.
Com apoio do ex-presidente Teddy Roosevelt, o plano de criar hipopótamos foi iniciado, mas o início da Primeira Guerra Mundial fez definhar a ideia, abandonada após o conflito.
3. Parar a rotação da Terra
(Fonte: Wikimedia Commons)
Poucas ideias são tão tolas quanto o Projeto Retro. A proposta era desenvolver um mecanismo de resposta para o caso de os soviéticos atacarem alvos estratégicos dos Estados Unidos com mísseis. Basicamente, eles queriam tentar parar a rotação do planeta Terra de modo que os mísseis atirados não chegassem aos alvos.
Sim, eles acreditavam ser possível desviar os artefatos interrompendo a rotação da Terra. Para isso, lançariam mil foguetes presos ao chão, para que sua movimentação levasse a Terra a parar.
Só não contavam que os cálculos mostraram que seria necessária uma quantidade imensa do mais potente foguete produzido pelos norte-americanos para alterar a rotação de modo significativo. Diante do tempo e dinheiro que seriam necessários, o plano foi abandonado.
4. Bomba de morcegos
(Fonte: Wikimedia Commons)
Logo após Pearl Harbor, os japoneses atacaram uma base militar norte-americana e, em essência, forçaram a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Por isso, muitas ideias de retaliação foram pensadas, uma delas seria o Projeto X-Ray, criado pelo dentista Lytle S. Adams.
A proposta era desenvolver bombas recheadas de morcegos, que por sua vez estaria com bombas-relógio. Para colocá-la em prática, Adams chegou até a pesquisar quais seriam as melhores espécies para sua bomba.
O plano chegou a ser levado adiante e até mesmo testes foram realizados. No entanto, as Forças Armadas dos EUA deixaram a ideia de lado para colocar em prática outro experimento, este sim executado: a bomba atômica.
5. Os nus das universidades norte-americanas
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um escândalo quase sepultou a reputação da Universidade de Yale — e das demais instituições que compõem a Ivy League, conferência desportiva da Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA). No período entre o século XVIII e meados do século XX, essas universidades obrigavam que os novos estudantes tirassem fotos nus.
De acordo com o que era informado aos universitários, essas imagens integrariam um estudo sobre a postura de W. H. Sheldon, um psicólogo que acreditava existir uma relação entre a forma do corpo e a inteligência.
Para provar sua tese, ele desenvolveu uma pesquisa antropológica em que desejava comprovar a relação entre o formato do corpo, a inteligência e outras características. Ainda que seus estudos sejam, hoje, descartados pela comunidade acadêmica e considerados charlatanismo, Sheldon teve seu trabalho respeitado por muito tempo.
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