Ser uma desenvolvedora trans ou não binária na indústria de games nunca foi fácil, mas agora o cenário é ainda mais hostil. Entre assédio online, ameaças e a onda anti-DEI impulsionada pelo governo Trump, muitos profissionais temem pelo próprio futuro. Ashley Poprik, roteirista de Spider-Man 2 e Call of Duty: Black Ops 6, sentiu isso na pele ao virar alvo de uma teoria da conspiração bizarra, acusada de ter “arruinado” a aparência de Mary Jane no jogo da Marvel.
O problema vai além dos trolls. Empresas de games, que antes defendiam a diversidade (ao menos no marketing), agora silenciam para evitar polêmicas. Enquanto isso, desenvolvedores enfrentam um ambiente cada vez mais excludente, com políticas corporativas que dificultam sua permanência. Algumas editoras já cortaram fundos para iniciativas de inclusão, e eventos essenciais para networking podem se tornar inacessíveis com mudanças em regras de passaporte para pessoas trans.
O silêncio da indústria fala alto. Muitas desenvolvedoras que antes estampavam bandeiras LGBTQIA+ evitam se posicionar, temendo “alienar” certos públicos. Mas para quem vive a realidade do setor, a mensagem é clara: as empresas não têm medo de perder talento. Elas têm medo de perder dinheiro.
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