A promessa da IA como ferramenta para solucionar desafios climáticos esbarra em um paradoxo: seus próprios impactos ambientais podem anular os benefícios. Além do alto consumo de energia e água, a construção de data centers exige quantidades massivas de aço, concreto e minerais raros, ampliando a pegada de carbono e a competição por recursos escassos.
O descarte acelerado de hardware gera toneladas de lixo eletrônico, muitas vezes processado de forma precária em países em desenvolvimento, causando danos ambientais e à saúde pública. Com a capacidade global de data centers prevista para dobrar nos próximos cinco anos, as preocupações com biodiversidade, uso da terra e desperdício de materiais ganham força.
Casos como o da Meta, que precisou suspender um projeto nos EUA devido à descoberta de uma espécie rara de abelha, mostram que questões ecológicas já impactam as decisões da indústria. A economia circular surge como alternativa para reduzir o impacto da IA, prolongando a vida útil de equipamentos, priorizando materiais recicláveis e otimizando processos de reaproveitamento. Empresas como Cisco e Microsoft já adotam práticas como design modular para facilitar reparos e substituir componentes sem descartar dispositivos inteiros.
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