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Nvidia em queda

As ações da Nvidia despencaram até 18% após a startup chinesa DeepSeek lançar seu modelo de IA, o R1. O modelo, descrito como altamente eficiente e de baixo custo, ameaça a supremacia de gigantes como Nvidia ao apresentar capacidades próximas às do OpenAI por uma fração do preço. 

O movimento abalou outros nomes de tecnologia: Microsoft caiu 4%, Alphabet 3% e Palantir, 6%. O Nasdaq 100 e o S&P 500 também registraram quedas significativas. Apesar disso, analistas veem limitações para a adoção do modelo fora da Ásia, destacando a liderança da Nvidia em aplicações avançadas como robótica e infraestrutura autônoma.  

O impacto do DeepSeek R1 vai além do mercado financeiro: seu sucesso no app store e a atenção de investidores como Marc Andreessen mostram a força do modelo chinês. A resposta dos EUA incluiu um decreto do presidente Donald Trump para acelerar investimentos de até US$ 500 bilhões em IA.  

Fuuuusão

Em meio ao impasse sobre o futuro do TikTok nos EUA, a Perplexity AI apresentou uma proposta de fusão à ByteDance: o plano inclui a criação de uma nova holding, chamada NewCo, com 50% de participação do governo americano, mas sem direito a voto ou assento no conselho. A ideia busca atender à exigência do presidente Donald Trump de maior controle americano sobre a operação do TikTok, cuja proibição foi suspensa temporariamente.

O modelo prevê que a NewCo seja direcionada para um IPO de US$ 300 bilhões, garantindo a permanência do TikTok nos EUA. A Suprema Corte já manteve a decisão de banir o app, mas a intervenção de Trump tem dado margem a negociações criativas. Além da Perplexity, outras iniciativas estão na disputa, incluindo o “The People”s Bid for TikTok”, liderado pelo bilionário Frank McCourt, e uma proposta de um consórcio liderado pelo CEO da Employer.com, Jesse Tinsley.

A ByteDance, no entanto, ainda não comentou oficialmente as propostas, mantendo a resistência em ceder parte significativa da operação. Com o TikTok brevemente suspenso nos EUA e seu retorno condicionado a soluções estruturais, o cenário reforça o interesse crescente de investidores e o peso estratégico do mercado americano para o futuro da plataforma.

Corte trilionário 

Elon Musk e Bill Gates, duas das figuras mais influentes da tecnologia, parecem finalmente alinhar interesses. O fundador da Tesla e o cofundador da Microsoft discutiram o Department of Government Efficiency (DOGE), iniciativa de Musk para cortar até US$ 2 trilhões em gastos públicos nos EUA. Gates declarou ao Wall Street Journal que apoia a ideia de um orçamento base zero, mas alertou contra cortes que prejudiquem programas de longo prazo, como a distribuição de medicamentos para HIV.

O plano de Musk, mesmo revisado para um corte de US$ 1 trilhão, é ambicioso. Ele pretende revisar todas as áreas de despesa, incluindo Defesa e Saúde, o que, segundo Gates, exige cuidado para não comprometer programas essenciais com impacto global. A visão de Gates reflete uma preocupação com o aumento da dívida em relação ao PIB, que pode chegar a 166% até 2054, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso. Isso poderia abalar a confiança de credores e provocar instabilidade nos mercados globais.

Enquanto Musk se divide entre reduzir a dívida dos EUA e influenciar a política europeia, Gates elogiou a busca por eficiência, mas destacou a necessidade de preservar valores fundamentais. Para ambos, a questão é urgente: sem ajustes, o “hockey stick” do aumento da dívida pode levar a uma crise econômica nas próximas décadas.

 


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