A Netflix anunciou na última quarta-feira (5) que vai aumentar em 11% seus investimentos em conteúdo em 2025. Com isso, a companhia deve gastar aproximadamente US$ 18 bilhões (R$ 103 bilhões) na produção de novas séries e filmes, bem como no licenciamento de produções feitas por terceiros.

Segundo o CFO da companhia, Spencer Neumann, essa é uma tendência que a companhia pretende continuar seguindo nos próximos anos. Em uma participação na conferência Morgan Stanley Tech, Media & Telecom, o executivo explicou que o streaming pretende continuar uma estratégica agressiva de crescimento, que pode se intensificar no futuro.

Netflix não pretende puxar o freio em investimentos

Segundo Neumann, os US$ 18 bilhões em investimentos da plataforma em nada representam o teto de quanto a empresa pode gastar nos próximos anos. Ele também explicou que o orçamento dedicado a novos projetos surge a partir de uma mistura de “arte e ciência” e leva em consideração questões como a receita esperada pela companhia — que costuma ser bastante previsível.

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O grande valor dedicado pela Netflix é resultado de sua crença de que ainda há muito espaço para ela crescer. O CFO afirma que o serviço está em somente 40% das TVs conectadas ao redor do mundo e atinge somente 6% do mercado em potencial, correspondendo a 10% do tempo que as pessoas dedicam ao consumo de entretenimento.

Em outras palavras, por mais que a companhia seja grande no setor de streaming, ela acredita que ainda há um grande mercado consumidor que pode conquistar nos próximos anos. “Vemos a oportunidade para crescer em todos os lugares”, explicou Newmann. “É mais sobre, onde está a maior oportunidade para crescimento e gastos… queremos permanecer no modo crescimento versus no modo manutenção por o quanto for possível”.

O executivo também afirmou que, atualmente, a Netflix possui em seu catálogo três das séries mais bem-sucedidas da atualidade: Stranger Things, Wandinha e Round 6. No entanto, a companhia não deve investir somente nas suas produções originais que vêm de mais de 50 países e também procura crescer nos segmentos de licenciamento e esportes ao vivo.

Streaming continua tendo a TV tradicional como alvo

O CFO da Netflix observou que, embora o YouTube também esteja crescendo como plataforma de vídeos, não vê o serviço como seu grande concorrente. Para ele, o streaming ainda tem a TV tradicional como seu principal rival, se diferenciando da plataforma do Google por “compartilhar os riscos econômicos e criativos com seus criadores”.

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“Acreditamos que somos a casa para os melhores criadores e contadores de história do planeta”, afirmou. O executivo também explicou que, embora os esportes ao vivo sejam de interesse para a companhia, no momento ela vai continuar fazendo investimentos mais pontuais na área — como a transmissão de eventos especiais, jogos da NFL e as lutas da WWE.

Ao mesmo tempo que aumenta seus investimentos, a Netflix também tem aprimorado seus rendimentos. Ela acredita que vai conseguir fechar o ano fiscal de 2025 com receitas entre US$ 43,5 bilhões e US$ 44,5 bilhões (um aumento anual de 11,5% a 14%), que vão ser conquistadas tanto com o aumento de assinantes em escala global quanto através de possíveis reajustes de preço em territórios estratégicos, como os Estados Unidos.

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