Faltando dez minutos para terminar o prazo de resposta para a Advocacia-Geral da União (AGU), a Meta respondeu ontem (13) sobre o impacto das mudanças na política de checagem de fatos no Brasil. De acordo com a big tech, as alterações só afetarão os Estados Unidos por enquanto.
Na semana passada, Mark Zuckerberg, CEO da empresa dona de Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, anunciou o fim da checagem de fatos e a troca por notas da comunidade (parecido com o X, antigo Twitter). O assunto gerou apreensão entre especialistas, incluindo no Brasil, que começaram a temer um “ambiente de guerra” nas redes sociais.
Na resposta enviada para a AGU, que o site g1 teve acesso, a companhia de tecnologia defende que está “comprometida em respeitar os direitos humanos” e a “liberdade de expressão”.
A Meta respondeu à AGU faltando dez minutos para terminar o prazo dado pela instituição. (Imagem: Getty Images)
Dentre outras coisas, a Meta pontuou que continuará tirando do ar publicações que incitem violência ou que contêm “ameaças plausíveis à segurança pública ou pessoal”. Também serão removidas publicações com potencial de “interferir diretamente no funcionamento de processos políticos, como eleições e censos”.
Ainda segundo a empresa, o foco das mudanças foi “diminuir o exagero na aplicação das políticas” e o objetivo é focar esforços em “violações de alta gravidade como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes”.