O sistema de defesa área Gravehawk é a mais nova arma da Ucrânia para se defender dos ataques da Rússia. A novidade foi construída por empresas de defesa do Reino Unido e pode ser útil no combate a uma série de ameaças como mísseis, drones e aeronaves maiores, como informou o site Forces News na quarta-feira (12).
Desenvolvido em apenas 18 meses e custando em torno de £ 6 milhões, o equivalente a R$ 43,4 milhões pela cotação do dia, o sistema fica alojado dentro de um contêiner, podendo ser implantado rapidamente na traseira de um caminhão militar. Tal característica garante uma maior mobilidade.
Revelado após a abertura do teto do contêiner, ele conta com dois trilhos retirados de armas de caça da época da União Soviética. Esses mecanismos são usados para disparar mísseis Vympel R-73, também conhecidos como AA-11 Archer, herança da Guerra Fria — a Ucrânia possui um grande estoque deles, segundo a publicação.
Esses mísseis ar-ar do sistema Gravehawk são capazes de alcançar velocidade Mach 2,5, acima de 3.000 km/h, porém têm curto alcance, chegando a pouco mais de 30 km de distância. As empresas de defesa britânicas envolvidas no projeto, cujos nomes não foram revelados, realizaram modificações para que eles possam ser lançados por via terrestre.
Vantagem operacional
Além da mobilidade, o sistema de defesa aérea desenvolvido no Reino Unido se destaca pela presença da mira infravermelha (IR). A tecnologia que facilita a busca pelo alvo usa uma câmera acoplada ao topo do contêiner, fazendo o rastreamento por meio de uma assinatura de calor.
Diferente de sistemas baseados em radar, a mira infravermelha do equipamento não emite sinais detectáveis pelas tropas adversárias, permitindo usar o equipamento sem revelar a sua posição. Como destaca a publicação, isso oferece uma boa vantagem operacional.
Cada unidade do Gravehawk exige a presença de cinco pessoas para a operação, havendo dois equipamentos em uso pelas tropas ucranianas, atualmente. Ainda este ano, Kiev deve receber pelo menos mais 15 unidades do sistema que também conta com financiamento da Dinamarca.
