Lançado nos cinemas no final de 2024, É Assim que Acaba repetiu o sucesso do livro em que é inspirado e arrecadou mais de US$ 350 milhões na bilheteria mundial. No entanto, um suposto caso de abuso que aconteceu durante suas gravações fez com que a obra se envolvesse em várias controvérsias que podem impedir uma sequência de acontecer.
O problema envolve a atriz principal, Blake Lively, e o diretor Justin Baldoni, que interpreta um homem emocionalmente e fisicamente abusador na trama. Após vários rumores e meses de silêncio, dois processos registrados recentemente ajudam a entender um pouco mais do que pode ter acontecido nos bastidores do projeto.
O que aconteceu nos bastidores de É Assim que Acaba?
Segundo o processo iniciado por Lively, o diretor de É Assim Que Acaba agiu de maneira bastante abusiva durante as gravações do longa, e há pelo menos três testemunhas dispostas a defender essa posição nos tribunais. Além disso, a atriz acusa que ele teria participado de uma campanha destinada a manchar sua imagem durante o processo de divulgação da adaptação.
As primeiras suspeitas de que algo poderia estar errado surgiram durante a estreia do longa-metragem em Nova York, que aconteceu no dia 6 de agosto de 2024. Muitos fãs do livro original perceberam que Lively e Baldoni, protagonistas da história, não posaram juntos para nenhuma foto durante o tapete vermelho.
Além disso, os dois assistiram à trama em cinemas diferentes e evitaram qualquer tipo de interação durante a divulgação internacional da obra. A situação ganhou novos ares de gravidade quando muitos passaram a notar que a maior parte do elenco e da equipe de produção não seguia o diretor nas redes sociais.
Poucos dias depois, Baldoni contratou Melissa Nathan, profissional conhecida por lidar com crises de imagem de figuras como Johnny Depp, Drake e Logan Paul. Logo em seguida, a TMZ divulgou relatos de que Lively se sentia incomodada com as ações do ator e diretor durante as gravações, já que ele se demorava tempo demais em cenas de beijos e fazia comentários negativos sobre seu corpo.
Um dos primeiros a se pronunciar publicamente sobre o caso foi o ator Brandon Sklenar, que interpreta o personagem Atlas em É Assim que Acaba. Segundo ele, o filme é sobre mulheres que se demonstram esperança e a perseverança de buscarem vidas melhores, e seria “contraproducente” demonizar as atrizes que trabalharam para transmitir essa mensagem ao público.
Caso vai acabar nos tribunais
Segundo uma reportagem publicada em dezembro de 2024 pelo New York Times, Baldoni e a companhia Wayfarer Studios organizaram uma campanha para manchar a imagem de Lively durante a divulgação do filme. Ela envolvia resgatar vídeos antigos nos quais ela aparecia de maneira negativa, bem como culpá-la por algumas escolhas duvidosas da campanha de marketing do longa.
A reportagem também revelou que a atriz teve uma reunião com a Sony Pictures para discutir o comportamento do diretor de É Assim que Acaba e impor alguns limites. Nela, ficou estabelecido que ele não poderia mais mencionar seu suposto “vício em pornografia”, tampouco adicionar novas cenas de sexo ou comentar sobre “conquistas sexuais” e sobre a “genitália da equipe de produção”.
Logo depois disso, mais membros da equipe de produção do filme começaram a se posicionar publicamente em defesa da Lively e a comentar sobre problemas que ela enfrentou durante a produção. Já no dia 31 de janeiro deste ano, Baldoni, junto com o produtor James Heath e às assessoras Melissa Nathan e Jennifer Abel, abriu um processo de US$ 250 milhões contra o New York Times, acusando o jornal de publicar informações falsas e violação de privacidade.
Entre os pontos da ação legal está a acusação de que foi a atriz, parte da “elite de Hollywood”, que iniciou uma campanha pública para manchar a imagem do diretor. Em resposta, o jornal afirmou que se baseou em milhares de documentos e mensagens de texto originais, e que não há qualquer prova de que a matéria que foi publicada traga erros factuais.
No mesmo dia em que Baldoni iniciou seu processo, Lively também deu entrada em uma ação legal na qual acusa ele e Heath de assédio sexual. O processo também nomeia a Wayfarer Studios e seu cofundador, Steve Sarowitz, Nathan e Abel como responsáveis por uma campanha de difamação.
O processo cita que Ryan Reynolds, marido de Lively, também foi afetado “mentalmente e fisicamente” pela situação, que ainda está se desenrolando. Dado que a Wayfarer tem os direitos sobre as sequências de É Assim que Acaba, pode acabar sendo dessa maneira litigiosa que as adaptações dos livros de Collen Hoover vão chegar ao fim.
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