A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vai usar veículos marítimos não tripulados para patrulhar as águas Mar Báltico na Europa. Uma série de drones já está em operação na região para proteger um bem bastante precioso para a região: a infraestrutura de cabos submarinos.
De acordo com a OTAN, as forças militares estão fortalecidas no local desde o final de 2024, após acusações de que a Rússia estava realizando missões de sabotagem em cabos submarinos localizados no norte da Europa. Atualmente, esse ainda é o meio mais utilizado para fornecimento de sinal — e, se danificadas, essas estruturas podem prejudicar a transferência de dados, a comunicação e até o acesso à internet para países inteiros.
Essa é a primeira vez que a organização vai usar esse tipo de equipamento, considerado mais barato, eficiente e rápido do que o emprego de uma alta quantidade de tropas e veículos tripulados. Além deles, a presença de navios e aviões também será intensificada na região por tempo indeterminado.
Como são os drones marítimos da OTAN
A missão Sentinela Báltica (Baltic Sentry, no original em inglês) envolve o uso de drones de vigilância que farão o papel de monitoramento das águas no lugar de embarcações tripuladas. Os drones em questão são de pequeno porte e ficam na superfície, sem submergir. Eles não possuem qualquer tipo de armamento, sendo voltados apenas para comunicação com as embarcações militares mais próximas.
A ideia da OTAN é criar uma rede de drones capazes de fornecer dados e materiais em vídeo da região 24 horas por dia, em especial para identificar ameaças e reduzir o tempo de resposta a um incidente contra os cabos submarinos.
Na primeira etapa do projeto, a expectativa é de usar 20 drones na região simultaneamente. Por enquanto, os equipamentos não são totalmente autônomos, mas já operam sozinhos algumas funções.
O ataque que fez a organização acelerar a missão ocorreu no Natal de 2024: o cabo submarino Estlink 2, conecta inclusive os litorais Estônia e Finlândia, teria sido danificado de propósito. O mesmo ocorreu com um cabo da Norbalt entre Suécia e Lituânia dias depois. Nenhum país reivindicou a autoria, mas um navio petroleiro de origem chinesa e a mando da Rússia é o principal suspeito de ambas as sabotagens e mais alguns ataques na região.