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Lições para o mundo
Na Noruega, 88,9% dos carros vendidos em 2024 foram elétricos, consolidando o país como líder mundial na adoção dessa tecnologia. Essa transição foi construída ao longo de três décadas, impulsionada por políticas consistentes.
Desde os anos 1990, o governo penaliza veículos a combustão com altos impostos e taxas de registro, enquanto isenta EVs de tarifas como IVA e taxas de importação. Benefícios adicionais, como estacionamentos gratuitos, descontos em pedágios e acesso a faixas exclusivas, também ajudaram.
Hoje, a Noruega conta com mais de 27 mil estações de recarga públicas, oferecendo uma rede robusta que facilita o uso de EVs mesmo em condições adversas, como o inverno rigoroso. Claro, a transição norueguesa também é viabilizada pela riqueza do país, que possui um fundo soberano de US$ 1,7 trilhão financiado por exportações de petróleo e gás. Além disso, 88% da energia do país é gerada por fontes hidrelétricas, tornando o uso de EVs ainda mais sustentável.
Descentralizada e democrática
Com 27 milhões de usuários e uma avaliação de mercado estimada em US$ 700 milhões, o Bluesky se firma como alternativa ao X, de Elon Musk. No entanto, preocupações com o controle centralizado motivaram a criação da campanha Free Our Feeds, que busca proteger a tecnologia do Bluesky de possíveis interesses bilionários e estimular o surgimento de redes sociais mais diversas e democráticas.
A iniciativa reúne personalidades como o ator Mark Ruffalo, Jimmy Wales (Wikipedia) e Roger McNamee (ex-investidor do Facebook), com o objetivo de arrecadar US$ 30 milhões para criar uma fundação pública que governará o AT Protocol, tecnologia que permite interoperabilidade entre plataformas. O protocolo, idealizado para descentralizar redes sociais, enfrenta desafios como o controle único de relays (mecanismos que mantêm feeds atualizados), atualmente gerenciado apenas pelo Bluesky.
Enquanto isso, Mastodon, outro exemplo de descentralização, também avança. Eugen Rochko, fundador da plataforma, anunciou que cederá o controle da empresa a uma organização sem fins lucrativos, reforçando o compromisso com a ética em um cenário dominado por gigantes como Musk e Mark Zuckerberg. O movimento simboliza uma reação à concentração de poder nas redes sociais, promovendo um futuro onde a inovação e o controle estão nas mãos de comunidades, não de bilionários.
NFTs presidenciais
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, acaba de lançar mais uma coleção de NFTs, desta vez pelo protocolo Ordinals, no blockchain do Bitcoin. Com preços que chegam a R$ 11 milhões, os 119 tokens reforçam a tendência do político de transformar sua imagem pública em uma máquina de marketing digital.
No entanto, as vendas limitadas a compradores de uma coleção anterior sugerem um modelo de exclusividade mais focado em alimentar especulação do que acessibilidade. Embora Trump tenha lucrado milhões com royalties de suas coleções, o mercado de NFTs enfrenta um colapso de interesse desde o auge em 2021.
Coleções passadas, como a Mugshot Edition, geraram buzz, mas iniciativas mais recentes, como a America First, não replicaram o sucesso. Esse novo lançamento, atrelado à proximidade de sua posse em 20 de janeiro, parece menos uma inovação tecnológica e mais uma estratégia de monetização de sua base de seguidores.