Você já ouviu falar no verme cabeça-de-martelo? Eles são grandes planárias que vivem na terra, são bastante tóxicos e além disso são canibais. Apesar de serem nativos da Ásia, espalharam-se para o mundo todo e muitas vezes são transportados por aí em vasos de plantas.
Para piorar a situação, essas criaturas são capazes de erradicar populações de minhocas inteiras de uma plantação — algo que causa aflição em agricultores. Mesmo sendo criaturas noturnas, são facilmente vistas no período da manhã e podem crescer até 50 centímetros de comprimento. Quer saber mais? Veja só seis fatos fascinantes sobre esses vermes praticamente imortais!
1. Características
Os cabeças-de-martelo são vermes com cabeça no formato de um leque ou uma pá, com corpo alongado e achatado. Na parte inferior do seu corpo, possuem uma espécie de “sola rasteira” usada para facilitar sua locomoção pela terra. Cada espécie deles costuma apresentar formatos de cabeça e padrões de listras diferentes.
São distribuídas em padrões de cor nos tons de cinza, marrom, dourado e verde. Tendem a variar entre 5 e 8 centímetros, mas algumas delas podem alcançar 50 centímetros de comprimento.
2. Habitat
(Fonte: Shutterstock)
Esses vermes são nativos de regiões tropicais e subtropicais, porém se tornaram espécies invasivas no mundo todo. De acordo com os especialistas, é bem provável que essas planárias tenham sido transportadas entre diversos países em plantas hortícolas enraizadas.
Como são animais que precisam de bastante umidade para sobreviver, eles têm maior dificuldade de se adaptar em regiões arenosas e montanhosas.
3. Dieta
(Fonte: Shutterstock)
Um fato curioso sobre os cabeça-de-martelo é que eles são carnívoros e se alimentam principalmente de minhocas, lesmas e larvas de insetos. Porém, em múltiplas ocasiões, podem atacar uns aos outros — mostrando-se uma criatura canibal. Eles detectam suas presas usando quimiorreceptores em suas cabeças.
Quando identifica uma presa, essas planárias prensam as vítimas contra a terra e as envolvem em secreções viscosas e venenosas. Outro aspecto relevante é que a boca dessas criaturas também serve como ânus para quando a digestão for completada.
4. Reprodução e regeneração
(Fonte: Shutterstock)
Assim como outras planárias, os cabeça-de-martelo são hermafroditas — cada indivíduo tem testículos e ovários. Eles trocam gametas através de suas secreções e ovos fertilizados se desenvolvem dentro do corpo sendo eliminados como cápsulas. Após cerca de três semanas, os ovos eclodem e os vermes amadurecem. Em algumas espécies, os filhotes têm coloração diferente dos adultos.
Porém, é muito mais comum que façam reprodução assexuada e por isso são essencialmente imortais. Se um verme for cortado em pedaços, cada fragmento tem o potencial de desenvolver um novo indivíduo. Vermes cortados pela metade podem desenvolver duas cabeças.
5. Comportamento
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No passado, esses vermes foram categorizamos como lesmas-martelo, visto que se movem de maneira semelhante a de uma lesma, usando os cílios na sola do corpo para rastejar pelo chão. Porém, essa denominação estava errada e eles possuem características muito mais próximas das planárias.
As planárias terrestres são foto-negativas (sensíveis à luz) e precisam de alta umidade, o que faz com que elas precisem se movimentar durante a noite. Além disso, preferem lugares frescos e úmidos, geralmente residindo sob rochas, troncos ou arbustos.
6. Importância econômica
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Embora os cabeça-de-martelo pareça um verdadeiro problema para os agricultores por serem uma espécie invasiva, estudos mostraram que eles são inofensivos para a vegetação. Mesmo assim, são criaturas capazes de erradicar populações inteiras de minhocas — algo que se torna uma real ameaça.
As minhocas são vitais para arejar e fertilizar o solo. Por isso, muitos produtores rurais optam por métodos de controle usados em platelmintos para tentar conter os efeitos a longo prazo.
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