A Cloudflare revelou na terça-feira (21) ter mitigado com sucesso o maior ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) já registrado, atingindo pico de 5,6 terabits por segundo (Tbps). Direcionada a um cliente não identificado, a campanha envolveu uma variante da botnet Mirai.
Ocorrido no dia 29 de outubro do ano passado, o ataque DDoS recorde se originou a partir de mais de 13 mil dispositivos IoT sincronizados, de acordo com o relatório. Ele durou em torno de 80 segundos e foi derrubado sem causar problemas para o alvo, um provedor de internet do leste da Ásia.
Detectada automaticamente pelos sistemas de defesa da rede de distribuição de conteúdo, a ação maliciosa não exigiu intervenção humana para ser mitigada. Os mecanismos autônomos cuidaram de tudo, funcionando “conforme o esperado”, como observou a empresa, em comunicado.
Alguns dias antes do maior ataque DDoS já registrado, a Cloudflare havia impedido outra campanha volumosa, de 3,8 Tbps e com duração de 65 segundos. Esta ação foi igualmente detectada e bloqueada pelas ferramentas autônomas do serviço, sem causar problemas para o cliente.
Ataques DDoS em alta
Segundo o relatório mais recente da companhia, a quantidade de ataques de negação de serviço distribuído registrou um aumento considerável em 2024. Os sistemas autônomos da plataforma mitigaram 21,3 milhões de campanhas do tipo ao longo dos últimos 12 meses, 53% a mais do que em 2023.
Considerando apenas os ataques acima de 1 Tbps, o crescimento foi de 1.885% trimestre a trimestre, enquanto os com 100 milhões de pacotes por segundo ou mais subiram subiram 175%. A Indonésia foi apontada como a principal fonte das campanhas, seguida por Hong Kong e Cingapura — já a China é o país mais atacado.
A Cloudflare também destacou, no documento, a importância de estratégias proativas de proteção contra ataques DDoS. Além disso, reforçou a necessidade de entender a evolução das ameaças digitais e de investir em soluções que mitiguem as ações maliciosas.
