A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teria realizado um ataque hacker contra alvos oficiais do Paraguai. O objetivo era coleta informações confidenciais que auxiliassem o Brasil nas negociações sobre tarifas relacionadas à usina hidrelétrica de Itaipu com o país vizinho.
Essas informações foram reveladas por dois agentes da Abin em um depoimento para a Polícia Federal, a cujos dados o UOL teve acesso. A operação começou no governo Bolsonaro e foi finalizada em maio de 2024, já sob o governo Lula, e teve aprovação de vários diretores da instituições.
O depoimento principal da investigação é de um servidor concursado da Abin com mais de 20 anos de experiência, que se manteve no anonimato. A agência teria utilizado o software Cobalt Strike para realizar a intrusão em computadores, ou seja, a invasão não permitida em diversas máquinas.

“O Cobalt Strike era uma ferramenta utilizada para o desenvolvimento de um artefato de intrusão em computadores do governo paraguaio para dados relacionados à negociação bilateral de Itaipu […] O objeto da operação era a obtenção dos valores que seriam negociados do anexo C dos valores de venda de energia produzida por Itaipu”, explica o agente da Abin.
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