O TecMundo e o #AstroMiniBR, selecionam semanalmente as melhores curiosidades astronômicas para compartilhar com você, um pouco mais sobre o fascinante universo da astronomia. Confira!
1. Um planeta em estado de desintegração
Uma equipe internacional de astrônomos, utilizando o satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, descobriu o planeta em estado de desintegração mais rápido já observado, denominado BD+05 4868 Ab.
Este exoplaneta, localizado a aproximadamente 141 anos-luz de distância, está perdendo massa a uma taxa alarmante devido à intensa radiação de sua estrela hospedeira, BD+05 4868 A.
Estima-se que o planeta esteja perdendo uma quantidade de material equivalente à massa de uma lua a cada milhão de anos, o que o condena a desaparecer completamente em um futuro próximo.
A rápida desintegração de BD+05 4868 Ab oferece uma oportunidade única para os cientistas estudarem a composição interna de planetas rochosos. Normalmente, as camadas internas desses planetas permanecem ocultas, mas a perda de material expõe essas regiões, permitindo análises detalhadas.
Dois grupos de pesquisa, incluindo a equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que descobriu o planeta, planejam utilizar o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para investigar mais profundamente a composição e as demais características dinâmicas deste mundo em desintegração.
2. O misterioso caso da estrela que desapareceu
A estrela N6946-BH1, localizada na galáxia NGC 6946, intrigou os astrônomos ao desaparecer de forma inesperada. Originalmente observada como uma estrela massiva, com cerca de 25 vezes a massa do Sol, ela era esperada a produzir uma supernova brilhante no final de sua vida, conforme comum em estrelas desse porte.
No entanto, em vez de explodir, a N6946-BH1 gradualmente escureceu até sumir do campo de visão. Essa peculiaridade levou os cientistas a considerarem que ela pode ter colapsado diretamente em um buraco negro sem passar pela etapa tradicional de supernova.
O fenômeno observado em N6946-BH1 é particularmente interessante porque desafia os modelos tradicionais de evolução estelar. Geralmente, as estrelas massivas ejetam suas camadas externas durante uma supernova, deixando para trás uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
No caso de N6946-BH1, não houve a emissão massiva de luz característica de uma explosão, mas os telescópios registraram um breve aumento de brilho antes de seu desaparecimento, sugerindo que a estrela pode ter liberado material antes de colapsar diretamente.
O estudo da N6946-BH1 tem implicações significativas para a astrofísica, pois sugere que eventos como este podem não ser tão raros quanto se pensava e que muitos buracos negros de massa estelar podem ter se formado de maneira similar, escapando de observação por falta de uma supernova. Isso também impacta como astrônomos contam e categorizam buracos negros no universo.
A pesquisa sobre a N6946-BH1, conduzida com telescópios terrestres e espaciais, continua a fornecer informações valiosas sobre o comportamento de estrelas massivas e os processos que levam à formação de buracos negros, abrindo novas perspectivas sobre os ciclos de vida estelar.
3. “Mundos submersos” no nosso planeta
Cientistas descobriram estruturas profundas no manto terrestre que podem ser fragmentos antigos da crosta terrestre, referidos como “mundos submersos”. Utilizando uma nova técnica de imageamento sismográfico, os pesquisadores identificaram várias anomalias que se assemelham a placas subduzidas, ou seja, porções da crosta que foram puxadas para o manto por meio de zonas de subducção onde as placas tectônicas se encontram. Essas descobertas foram publicadas em 4 de novembro de 2024 na revista Scientific Reports.
O intrigante é que algumas dessas anomalias estão localizadas em regiões onde não há registro de atividade tectônica significativa, como sob o oeste do Oceano Pacífico. Tradicionalmente, placas subduzidas são encontradas em áreas com histórico de colisões tectônicas.
A presença dessas estruturas em locais inesperados levanta questões sobre como elas chegaram lá, desafiando o entendimento atual da dinâmica interna da Terra.
Embora o novo modelo de alta resolução revele essas anomalias em todo o manto terrestre, a natureza exata delas permanece desconhecida. Essa descoberta abre caminho para futuras pesquisas que busquem esclarecer a composição e a origem dessas estruturas misteriosas, revolucionando potencialmente o conhecimento sobre os processos geológicos que formaram e moldaram o nosso planeta.
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