O Android 16, próxima grande atualização do sistema operacional móvel da Google, deve ganhar um mecanismo de segurança “inspirado” no rival iOS. Trata-se de uma função automática que reinicia completamente o aparelho em caso de inatividade por parte do usuário.

O recurso foi encontrado pelo site Android Authority em uma análise do código do aplicativo Google Play Services versão 25.11.34. A pista significa que a função já estaria em fase de implementação em futuras versões de teste do sistema — não há imagens dela em funcionamento, mas o sistema incluiu até a explicação completa do seu funcionamento.

Essa trava de segurança existe em outras plataformas. O iOS 18.1, da Apple, adicionou esse tipo de reinicialização sem alarde em novembro do ano passado. Já o GrapheneOS, uma plataforma alternativa inspirada no Android e focada em segurança, tem uma função similar há ainda mais tempo com uma janela ainda menor entre a falta de uso e o início da operação.

Como funciona a reinicialização por inatividade?

Essa novidade de segurança faz com que um aparelho que esteja sem atividade por parte do usuário por três dias inteiros seja automaticamente reiniciado. A ideia é proteger dispositivos que tenham sido roubados ou perdidos e, portanto, podem ficar todo esse tempo parados.

A reinicialização não é completa ou de fábrica — ou seja, ela não apaga dados e aplicativos do sistema. Ela apenas desliga e liga o aparelho, fazendo com que o usuário tenha que entrar novamente com uma senha para acessar o conteúdo do celular. Caso isso aconteça, fica ainda mais difícil para uma pessoa não autorizada conseguir liberar o aparelho, já que é necessário um código ou senha para desbloqueio de tela.

Segundo o Android Authority, a reinicialização forçada deve ser um entre vários processos do Advanced Protection Mode, um modo avançado de segurança que a Google deve apresentar no Android 16. Com ativação opcional, ele inclui ainda o bloqueio de instalação de apps por fora da Play Store, o desligamento de conexões 2G e a permissão para atribuir uma tag a um local de memória, que pode reduzir danos no caso de dados corrompidos.

No caso de iPhones, o recurso gerou polêmica nos Estados Unidos por ser tão eficiente a ponto de dificultar o acesso a dispositivos de pessoas investigadas pela polícia e que precisavam ter os celulares verificados de modo forçado. Até agora, a Google não confirmou oficialmente o desenvolvimento dessa função para o Android 16.

O que já sabemos do Android 16

Mesmo com o Android 15 ainda em fase gradual de disponibilização para aparelhos de fabricantes parceiras da Google, o Android 16 deve ser antecipado pela companhia. A expectativa é de que ela lance a versão em junho de 2025 — um adiantamento de mais de três meses em comparação com gerações anteriores.

A fase de testes da plataforma já está em andamento e a última versão lançada foi a Beta 2, que incluiu principalmente novos recursos para uso profissional de câmeras. O primeiro Beta do sistema operacional foi liberado ainda em janeiro deste ano e você pode baixar ele por meio deste link.

A logo do Beta do Android 16.
A logo atual da atualização do Android. (Imagem: Divulgação/Google)

Funções confirmadas pela Google ou até já presentes nessas atualizações experimentais incluem um modo de tela dividida para até três apps ao mesmo tempo, um novo esquema de notificações dinâmicas, o compartilhamento via áudio para vários aparelhos usando Bluetooth e a visualização de conteúdo em uma modalidade “extra escura”.

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