Titanic, filme de 1997 de James Cameron, é até hoje um dos grandes sucessos mundiais do cinema. Até hoje, muita gente segue se comovendo com a história de amor entre Jack e Rose, que tem como pano de fundo uma tragédia real: o naufrágio do Titanic ocorrido em 1912.
Mesmo que a história do navio tenha realmente acontecido, nem tudo o que é exibido no longa-metragem corresponde ao que a história documentou sobre o caso. Confira a seguir os mitos e os fatos acerca de uma das mais famosas tragédias de todos os tempos.
1. Jack e Rose nunca existiram
Obviamente, o centro da história do filme é o romance impossível entre Rose (Kate Winslet), uma moça rica, e Jack (Leonardo DiCaprio), um pobretão que embarcou por acaso no navio. Mas, para a tristeza de muitos fãs, os personagens são ficcionais.
Eles foram criados por James Cameron. Ainda assim, vale lembrar que Rose (que é vivida no filme por Kate Winslet e Gloria Stuart) teve uma inspiração em alguém real. Cameron declarou que, quando construía o roteiro, estava lendo a autobiografia da ceramista Beatrice Wood, um dos grandes nomes do dadaísmo. Nela, a artista fala de sua relação complicada com a mãe e sua relação com seu trabalho.
2. As instalações do navio foram inspiradas nas do verdadeiro Titanic
James Cameron também disse que usou como base várias coisas do Titanic real para criar o enredo de seu filme. Entre elas, está a forte disparidade entre a primeira, a segunda e a terceira classes dessa embarcação, que era considerada a mais luxuosa que existia.
Na primeira classe, havia toda a riqueza possível: decoração arrojada, suítes (o que era uma novidade na época), além de ginásio, quadra de squash e restaurantes. Já na terceira classe, havia cabines com beliches para quatro a oito pessoas. Mesmo sendo bem simples, eram ainda melhores do que as existentes na maior parte dos navios.
3. A “Inafundável Molly Brown” realmente existiu
Uma das personagens marcantes do filme é a socialite Margareth Brown, também conhecida como Molly, que é vivida no longa pela atriz Kathy Bates. Ela foi uma das sobreviventes do naufrágio, e ganhou o apelido de “Inafundável Molly Brown”.
Sua história é bem interessante. Molly passava férias na Europa com a filha quando recebeu a notícia de que o neto estava doente. Por isso, resolveu embarcar no navio rumo à Nova York. Quando ele colidiu com um iceberg no dia 14 de abril, a mulher manteve a calma e começou a acudir os passageiros, colocando-os dentro de botes.
4. O Titanic realmente afundou por ter colidido contra um iceberg
Assim como é mostrado no filme de forma muito realista, o Titanic realmente colidiu contra um iceberg por volta das 23h40, na virada do dia 14 para 15 de abril de 1912, no Atlântico Norte. Haviam cerca de 2.200 pessoas a bordo, mas mais de 1.500 não sobreviveram ao naufrágio.
Depois da tragédia, houve o interesse em investigar o iceberg para entender como ocorreu a colisão, uma vez que o navio era considerado à prova de afundamentos. O fato é que, em pouco tempo, em torno das 2h20, o gigante do mar afundou completamente: as luzes se apagaram e o peso da embarcação fez com que o navio partisse em dois.
5. A banda presente tocou até o naufrágio
Uma das cenas mais lembradas de Titanic é a que mostra os músicos tocando enquanto o navio segue afundando. De fato, havia oito músicos contratados no navio para acompanhar os passageiros durante a viagem.
Não se sabe exatamente por quanto tempo os músicos tocaram, mas há indícios que eles seguiram tocando até um pouco antes do Titanic afundar completamente. Especula-se também sobre qual foi a última melodia tocada. O mais provável é que tenha sido Songe d”Automne ou Nearer My God to Thee. Nenhum músico sobreviveu ao naufrágio.
6. No filme, um herói foi tratado como vilão
No filme, o marinheiro britânico William Murdoch é mostrando atirando em dois passageiros que tentavam embarcar nos últimos botes salva-vidas. Em seguida, ele atira na própria cabeça.
Ocorre que Murdoch realmente existiu, mas foi visto como um herói. Ele lançou dez botes salva-vidas para ajudar no desembarque dos passageiros antes de morrer afogado. Quando o filme foi lançado, sua família não gostou de vê-lo retratado como um vilão, e pediu uma retratação de James Cameron.
A produtora 20th Century Fox, por meio de seu vice-presidente, acabou soltando a seguinte nota: “o oficial era um herói decente, responsável e muito humano e deve permanecer uma fonte de orgulho para Dalbeattie, e nas memórias de todos os que sabem de sua vida”.
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