Comece um dia com um resumo especial do The BRIEF!

Guerra fria da IA

Microsoft e OpenAI estão apurando se a chinesa DeepSeek usou a técnica de destilação de modelos para absorver conhecimento dos modelos avançados da OpenAI sem acesso direto ao código. Segundo a Bloomberg, a Microsoft detectou um volume suspeito de dados sendo extraído via API da OpenAI no fim de 2024, levantando suspeitas de espionagem tecnológica. Se confirmado, o caso pode escalar para um confronto geopolítico entre EUA e China.

A DeepSeek ganhou os holofotes ao lançar o modelo R1, que promete rivalizar com os melhores LLMs dos EUA a um custo menor. O impacto foi imediato: ações da Microsoft, Nvidia, Alphabet e Oracle despencaram, resultando em uma perda de quase US$ 1 trilhão em valor de mercado. 

O governo dos EUA já se manifestou, sugerindo medidas para restringir o avanço chinês em IA, enquanto a OpenAI reforçou seu compromisso em proteger sua propriedade intelectual. Se antes o embate era pelo 5G e pela Huawei, agora o foco está na supremacia dos modelos de IA mais poderosos. Caso a DeepSeek tenha violado os termos da OpenAI, medidas legais e restrições comerciais podem surgir, replicando o cerco imposto à Huawei. 

Eu vou fazer um leilãããão

Donald Trump quer transformar a venda do TikTok nos EUA em um grande leilão, citando possíveis compradores como Elon Musk, Microsoft e Larry Ellison, da Oracle. A ByteDance, dona chinesa do app, tem até abril para fechar um acordo que evite um banimento total, e o presidente americano quer um desfecho em 30 dias. 

Além dos gigantes da tecnologia, investidores como Perplexity AI, Frank McCourt e até o youtuber MrBeast entraram na disputa pelo app de 170 milhões de usuários nos EUA. Entre os interessados, Musk tem relação próxima com Trump e pode superar barreiras regulatórias, enquanto a Oracle já gerencia os dados do TikTok nos EUA e poderia assumir o controle sem mudanças drásticas. 

A Microsoft, que tentou comprar o app em 2020, voltou ao radar. Já a Perplexity AI propôs fundir-se ao TikTok e entregar 50% da nova empresa ao governo americano. Trump também sugeriu que o comprador ideal deveria ceder metade do negócio aos EUA em troca da aprovação do negócio.

Itaú aposta na IA

O Itaú Unibanco está entrando de vez na corrida pela inteligência artificial. O maior banco do Brasil anunciou um investimento de US$ 15 milhões (R$ 87,75 milhões) por 15% da NeoSpace, startup especializada em modelos fundacionais de IA generativa voltados para o setor financeiro. 

Além da fatia na empresa, o banco também fechou um acordo comercial para desenvolver produtos exclusivos e impulsionar a personalização de serviços para seus clientes. Fundada em 2024 pelos criadores da Zup Innovation (adquirida pelo Itaú em 2020), a NeoSpace promete turbinar a eficiência operacional do banco, desde chatbots financeiros até a modelagem de crédito. 

Com essa movimentação, o Itaú reforça sua aposta na IA como diferencial competitivo no setor bancário, em um momento em que grandes players globais, como JPMorgan e Goldman Sachs, também aceleram investimentos na tecnologia.


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