Com estreia marcada para o dia 20 de março no Brasil, o novo Branca de Neve promete não somente adaptar a história da famosa animação, mas também atualizá-la para um novo público. No entanto, ao contrário do que aconteceu com outras grandes produções da Disney, o filme não teve uma cerimônia de tapete vermelho tradicional em sua estreia. 

O principal motivo para isso vem do fato de que, desde que foi anunciada, a produção live action se envolveu em diversas polêmicas. Elas vão desde declarações da atriz principal (Rachel Zegler) sobre o roteiro da história original, críticas de Peter Dinklage sobre a escalação de elenco e conflitos ideológicos entre sua protagonista e Gal Gadot, que faz a grande vilã da trama.

Segundo Martin Klebba, que está no filme como o anão Zangado, a Disney decidiu só fazer uma pequena festa antes da estreia de Branca de Neve e exibir o filme, sem nenhuma grande entrevista ou evento. Tudo isso para evitar que a mensagem da história seja esquecida como consequência de algumas das questões que envolvem seu elenco.

Protagonista de Branca de Neve iniciou as polêmicas

Escalada para o papel de Branca de Neve em 2021, Rachel Zegler foi uma das responsáveis por iniciar as polêmicas relacionadas ao filme. Além de muitos terem criticado a escolha da atriz com origem latina para o papel, ela mesma conquistou alguns detratores ao afirmar que a história original era antiquada e que o príncipe “perseguia” a protagonista.

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Ela destacou que, dentro dos novos roteiros, a personagem vai se posicionar como uma grande líder que não precisa ser salva por nenhum cavaleiro usando uma armadura. Esses dois elementos somados fizeram com que o longa-metragem virasse um dos alvos dos “antiwokes”, que apontam que elementos ditos “progressistas” são os responsáveis por destruir histórias clássicas — e, em nível mais profundo, a sociedade ocidental como um todo.

Dado que a Disney é famosa por atualizar suas histórias e inserir personagens de diferentes etnias e sexualidades em suas histórias, ela já era um alvo preferencial para muitas dessas pessoas. A companhia só mudou essa política recentemente quando, diante da segunda eleição de Donald Trump, anunciou que está diminuindo suas iniciativas de inclusão.

Escalação dos anões também gerou desconforto

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Algo que também não ajudou na promoção de Branca de Neve foram as declarações do ator Peter Dinklage, conhecido principalmente por seu trabalho em Game of Thrones. Antes mesmo de o filme ganhar seus primeiros materiais promocionais, ele criticou a trama por mostrar pessoas com nanismo vivendo dentro de uma caverna.

Em resposta, a Disney afirmou que sua adaptação live-action foi feita para “evitar estereótipos” e que não usaria a palavra anão — os seres mostrados nos filmes seriam chamados de “criaturas mágicas”. Embora nem todos tenham concordado com as declarações de Dinklage, afirmando inclusive que isso fez com que pessoas com nanismo fossem substituídas por computação gráfica, o “estrago” e polêmica já haviam se estabelecido.

Protagonistas de Branca de Neve têm visões políticas distintas

Outro elemento que trouxe atenção negativa para Branca de Neve foi o posicionamento político de suas atrizes principais. Ao agradecer aos fãs pelo apoio que recebeu ao primeiro trailer do filme, Rachel Zegler defendeu o estado da Palestina em sua conta pessoal no X — assunto considerado bastante delicado dentro do contexto político norte-americano.

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Para tornar a situação ainda mais tensa, Gal Gadot tem se posicionado de forma radicalmente oposta e tem demonstrado apoio irrestrito às ações militares que Israel tem feito nos últimos meses. Isso inclusive fez com que muitos usuários da rede social sugerissem um boicote contra o longa-metragem.

Com a reeleição de Donald Trump, Zegler voltou a provocar polêmicas, ao sugerir que gostaria que seus eleitores e o político “nunca conhecessem a paz”. No entanto, pouco tempo depois ela se arrependeu de suas palavras e pediu desculpas, afirmando que havia “deixado suas emoções tomarem conta”.

Polêmicas não abalaram impressões sobre o filme

Apesar de o resultado das polêmicas nos quais Branca de Neve se envolveu ainda não poderem ser plenamente medidos, elas não parecem ter abalado as primeiras impressões sobre o filme. Os primeiros reviews profissionais têm sido bastante positivos em relação à obra, que traz como destaque as atuações de Zegler.

Conforme observa o ScreenRant, isso pode fazer com que o novo longa-metragem da Disney tenha sucesso nos cinemas, compensando uma das semanas de menor arrecadação que Hollywood teve nos últimos anos. “Controvérsias nem sempre impactam os retornos de bilheteria de um filme, porque elas tendem a existir em bolhas de mídias sociais”, lembrou o site.

Ao mesmo tempo, ele lembra que outras adaptações live-action da empresa tiveram dificuldades em conquistar o público, e Branca de Neve ainda não se provou capaz de quebrar essa tradição. A expectativa é que o longa estreia com pelo menos US$ 50 milhões de bilheteria nos Estados Unidos, se firmando como o principal lançamento do mês de março.

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