O Brasil não faz parte da lista de países que possuem drones de combate, uma das armas mais utilizadas em conflitos recentes. Apresentando características como baixo custo e grande letalidade, esse tipo de aeronave foi usado no ataque massivo lançado pela Ucrânia contra Moscou na terça-feira (11), que resultou em três mortes.

Dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) apontam que mais países têm investido nesses equipamentos nos últimos anos. Em 2022, 38 nações possuíam drones de ataque, número que subiu para 54 em 2024, representando 31% dos 174 países monitorados pela entidade.

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Os drones de combate podem ser usados em diferentes missões militares. (Imagem: Getty Images)

Além da Ucrânia e da Rússia, também utilizam essas aeronaves países como Turquia, Irã, Estados Unidos e China, que estão entre os maiores fabricantes, conforme o IISS. Iêmen, França, Itália, Reino Unido, Israel, Índia, Azerbaijão, Sérvia, Indonésia, Arábia Saudita, Nigéria, Marrocos, Catar, Emirados Árabes Unidos e Venezuela são outros integrantes do grupo.

Sem drones de combate no momento, o Brasil tem apenas aeronaves não tripuladas com capacidade para realizar monitoramento, como detalha o relatório mais recente do instituto. Elas podem contar com câmeras de alta resolução, infravermelho e outras tecnologias, voando em diferentes alturas e velocidades.

O que é um drone de combate?

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As aeronaves usadas para ataques são bem diferentes das convencionais. (Imagem: Getty Images)

De acordo com o IISS, os drones de ataque são divididos em duas categorias. Na primeira, estão as aeronaves de combate, vigilância, inteligência e reconhecimento, que podem ser utilizadas nos mais variados tipos de missão, incluindo ataques em terra e também o monitoramento de áreas e inimigos.

Já na segunda aparecem os modelos de ataque unidirecional, que apresentam características tanto de drones convencionais quanto de mísseis de cruzeiro. Além de realizar buscas por um determinado alvo, eles podem voar diretamente para ele, atingindo-o, dependendo da missão.

Tamanho, velocidade e autonomia variam de acordo com o modelo em uso. Alguns deles têm cerca de 3 m de comprimento, voam a 200 km/h e alcançam até 1.000 km de distância, enquanto outros podem chegar a 15 m de comprimento, atingir velocidades acima de 500 km/h e mirar alvos a 5.000 km.

O tipo de arma que os drones de combate carregam também depende do modelo da aeronave, com alguns combinando diferentes mísseis e outras cargas explosivas de tamanhos variados. Vale destacar, ainda, a presença de recursos que dificultam a identificação por radares em alguns deles.

Exemplos de drones de combate

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O drone Caihong feito na China é usado em diversos países. (Imagem: Wikimedia Commons)

Confira alguns dos modelos de drones de ataque que estão entre os mais usados atualmente:

Caihong-4B

Este drone de fabricação chinesa tem 3,5 m de comprimento e pesa cerca de 1 tonelada, podendo carregar até seis mísseis ou carga de 345 kg. Ele voa a 435 km/h, possui alcance máximo de 5.000 km e é usado para monitoramento, reconhecimento e ataques desde 2014, por vários países.

Wing Loong II

Também de origem chinesa, a versão conta com 11 m de comprimento e 20 m de envergadura, além de voar a até 370 km/h de velocidade. O modelo alcança 2.000 km de distância, pode transportar uma carga combinada de mísseis e bombas com até 1 tonelada e está em operação desde 2017.

MQ-9 Reaper

Feito nos EUA, o equipamento pode operar a 15 km de altura, voando a 444 km/h de velocidade máxima e por até 1.850 km de distância. A versão que começou a ser usada em 2007 é compatível com diferentes tipos de mísseis e apresenta vários sensores para facilitar a localização dos alvos.

Bayraktar TB2

De origem turca, o drone de combate Bayraktar TB2 alcança 1.850 km de distância, voando a 222 km/h de velocidade máxima e a 7.500 m de altura. Ele carrega mísseis guiados a laser, pousa e decola sem depender de sistemas terrestres e traz três modos de piloto automático.

Shahed 136

O drone de ataque iraniano é mais compacto, tendo 3,5 m de comprimento, e viaja em baixa altitude por no máximo 1.500 km de distância e a 185 km/h de máxima, dificultando o rastreamento via radar. Lançado em 2021 e usado também por Iêmen, Rússia e Iraque, ele carrega uma ogiva pesando até 40 kg.

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