Engenheiros chineses desenvolveram uma nova antena ultraplana e compacta que pode melhorar as capacidades de comunicação e navegação dos caças de última geração ao mesmo tempo em que reduzem a detectabilidade por radar. Detalhes da tecnologia foram revelados pelo South China Morning Post na última sexta-feira (28).
Superando desafios relacionados à miniaturização de antenas, os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China (UESTC) desenvolveram um modelo com altura de apenas 0,047 vezes o comprimento de onda de baixa frequência. Tal característica foi essencial para combinar com o perfil cada vez mais plano das aeronaves de combate.

Com oito elementos dispostos em uma matriz circular, ela pode se integrar à estrutura do jato sem comprometer as faixas de frequência nas quais opera. Além disso, não afeta o desempenho aerodinâmico e minimiza a assinatura de calor, garantindo a furtividade do avião militar, ou seja, a sua capacidade de se manter invisível aos radares.
Esses aprimoramentos podem trazer vantagens consideráveis para a China diante de um cenário de crescimento das tensões políticas com os Estados Unidos, como observa a publicação. Os dois países têm investido pesado em tecnologia militar, especialmente em caças de última geração que estão se tornando bastante poderosos.
Versão anterior apresentava problemas
Projetada por pesquisadores da UESTC em parceria com especialistas do Instituto de Tecnologia Eletrônica do Sudoeste da China, a “antena omnidirecional de banda ultralarga de perfil ultrabaixo transportada no ar” melhora as capacidades de uma versão com 5 mm de altura construída anteriormente. Apesar do tamanho reduzido, o modelo só operava em uma faixa de frequência estreita.
Aumentar a sua faixa de frequência para utilizá-la em aeronaves resultaria em um tamanho maior, o que afetaria a furtividade. Dessa forma, os especialistas decidiram reorganizar os elementos da antena em uma matriz circular, possibilitando a diminuição de tamanho e a operação em uma ampla faixa de frequências.
Como ela também é omnidirecional, pode focar sinais em todas as direções, otimizando a capacidade de comunicação. Outro detalhe importante é a presença de uma parede de curto-circuito que auxilia no controle do fluxo de corrente elétrica e na absorção de energia extra, dificultando a ação de radares e outros sistemas de detecção.
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