A pena para o furto de celular no Brasil pode chegar a até oito anos de prisão, de acordo com uma nova proposta apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro ao Congresso, na última terça-feira (18). Quem cometer esse tipo de crime também estará sujeito ao pagamento de multa, em caso de aprovação do texto.
Mencionando a subtração de “mais de 100 milhões de celulares” no país, o projeto de lei prevê a adição de um novo parágrafo ao artigo 155 do Código Penal, recomendando a reclusão de quatro a oito anos e multa para a prática criminosa. Em sua justificativa, o autor disse que as consequências do roubo do aparelho vão além do prejuízo material.
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“Atualmente os recursos tecnológicos possibilitam que os usuários de telefones celulares armazenem toda sorte de informações, documentos oficiais e de trabalho, imagens pessoais, familiares e íntimas”, observou Bolsonaro. Dessa forma, as vítimas ficam bastante expostas após a ação dos criminosos.
O autor também comentou a respeito da possibilidade de danos à segurança pessoal e à integridade emocional dos proprietários. Em outro trecho, ele destaca os riscos relacionados às operações bancárias não autorizadas, com a utilização de senhas, documentos e outros dados guardados nos dispositivos furtados.
“Alta taxa de reincidência”
Ainda de acordo com o autor do projeto, há uma “grande reincidência dessa modalidade de crime” no Brasil, o que contribui para aumentar a sensação de insegurança e a cobrança sobre os legisladores para a criação de novas leis. Para ele, a proposta ajudaria a diminuir o índice de furto e roubo de celulares.
Segundo a lei atual, que não cita diretamente os smartphones, a pena para furto e roubo é a reclusão de um a quatro anos e multa, podendo ser aumentada em um terço caso o crime seja praticado no período noturno. Se o criminoso for primário, existe a possibilidade de diminuição do período de detenção ou de aplicar somente a multa.
O projeto que prevê o aumento da pena para furto e roubo de celular precisa passar por análise das comissões temáticas na Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado, ele volta ao Senado para votação e ainda depende da sanção presidencial para entrar em vigor.
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