Líderes globais e gigantes da tecnologia se reuniram esta semana no AI Action Summit, em Paris, para discutir o desenvolvimento seguro da inteligência artificial. O evento terminou com um acordo conjunto assinado por diversos países, incluindo China – conhecida por seu rígido controle digital –, mas curiosamente recusado pelos EUA e Reino Unido.
A decisão levanta questões sobre o compromisso dessas potências em regular a IA, especialmente diante de casos de mau uso, como deepfakes virais e manipulações políticas. Eric Schmidt, ex-CEO do Google e investidor de peso no setor, aproveitou o evento para alertar sobre os riscos extremos da IA. Em entrevista à BBC, Schmidt comparou o potencial destrutivo da tecnologia a um “cenário Bin Laden”, onde terroristas ou Estados hostis, como Irã e Coreia do Norte, poderiam usar IA para ataques biológicos ou cibernéticos devastadores.
Apesar de defender uma supervisão governamental rigorosa sobre empresas de IA, o executivo também alertou contra regulamentações excessivas que possam sufocar a inovação. O paradoxo regulatório se torna ainda mais evidente no caso da DeepSeek, a startup chinesa que chocou o mercado ao desenvolver um modelo de IA competitivo sem acesso aos chips mais avançados. Enquanto os EUA impõem restrições à exportação de semicondutores para conter o avanço chinês, a DeepSeek provou que software inovador pode compensar hardware defasado.
Você acabou de acompanhar uma nota rápida by The BRIEF! Siga mais informações clicando aqui