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Oracle entra na briga
A Oracle anunciou sua nova linha de agentes de IA voltados para a cadeia de suprimentos, prometendo automatizar tarefas repetitivas e tornar processos como inspeção de produtos e logística mais eficientes. O lançamento, feito durante o evento CloudWorld em Austin, faz parte da estratégia da empresa para ganhar espaço no mercado de computação em nuvem, dominado por Amazon, Microsoft e Google.
O anúncio acontece logo após Larry Ellison, CEO da Oracle, se unir a Sam Altman (OpenAI) e Masayoshi Son (SoftBank) no Projeto Stargate, um investimento de US$ 500 bilhões na construção de data centers de IA nos EUA, com o primeiro já em construção no Texas. A Oracle, que viu sua receita de infraestrutura em nuvem crescer 52% no último trimestre, quer transformar sua participação no setor, aproveitando a onda de investimentos em IA.
Embora ainda esteja atrás dos gigantes da nuvem, a Oracle tem mostrado crescimento impressionante: suas ações subiram 41% nos últimos 12 meses, superando Microsoft (7%) e Google (27%), mas ficando atrás da Amazon (47%).
Don’t Panic
O lançamento do modelo de IA da chinesa DeepSeek causou um terremoto no Vale do Silício, levando investidores ao pânico e derrubando gigantes do setor. Mas para Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta, a reação foi exagerada. Segundo ele, o grande investimento das gigantes de IA não é apenas para treinar modelos, mas para sustentar a inferência—o processo de aplicar conhecimento treinado a novas entradas.
O DeepSeek R1 superou modelos de OpenAI e Meta em benchmarks, usando chips inferiores e um custo muito menor—sua taxa por milhão de tokens é de US$ 0,55, contra US$ 15 do modelo equivalente da OpenAI. O resultado foi uma liquidação generalizada no mercado de tecnologia, com Nvidia perdendo quase US$ 600 bilhões e um total de US$ 1 trilhão evaporando das big techs.
Com IA se tornando mais sofisticada, incluindo compreensão de vídeo e memória avançada, os custos de inferência tendem a crescer. Enquanto o mercado se ajusta ao impacto da DeepSeek, as big techs já reagem. Mark Zuckerberg anunciou um orçamento de US$ 60 bilhões para infraestrutura de IA da Meta em 2025.
Eles querem dominar o áudio com IA
A ElevenLabs, startup de IA focada em áudio, acaba de levantar US$ 180 milhões em sua Série C, alcançando uma avaliação de US$ 3,3 bilhões. O aporte foi liderado pela a16z e ICONIQ Growth e reforça o interesse crescente no setor.
A empresa, conhecida por sua tecnologia de voz sintética usada por empresas como ESPN, Chess.com e The Atlantic, quer aprimorar seus modelos para torná-los mais expressivos e multimodais. Além disso, pretende expandir sua atuação com assistentes conversacionais baseados em IA e fortalecer parcerias com empresas de telecomunicações.
Entre os novos apoiadores estão Deutsche Telekom, LG Technology Ventures e NTT DOCOMO Ventures, além de fundos como Sequoia Capital e Salesforce Ventures. A empresa já lançou um leitor de artigos baseado em IA e vem testando ferramentas para a criação de audiobooks. Seu CEO, Mati Staniszewski, acredita que o futuro do setor passa por IA capaz de entender melhor as nuances do discurso humano, algo que ainda está longe do ideal.