A Fórmula E, competição de automobilismo organizada somente com veículos elétricos, vai estrear uma tecnologia de recarga durante as provas. Segundo a organização, a novidade é tão impactante que vai aumentar a competividade das corridas e pode virar exemplo até para carros comerciais.

O recuso se chama Pit Boost e, basicamente, é um carregamento expresso realizado durante as paradas dos veículos no pit-stop. Normalmente, a transferência de energia para os carros levaria vários minutos que seriam preciosos na pista, mas o novo padrão é extremamente veloz e vai até alterar as estratégias das equipes.

A tecnologia estreia no E-Prix de Jeddah, na Arábia Saudita, que acontece entre os dias 14 e 15 de fevereiro de 2025. Se aprovada, a novidade será mantida para as provas seguintes.

Como funciona a super recarga da Fórmula E

O Pit Boost permite que um veículo da Fórmula E ganhe 10% de aumento de energia em apenas 30 segundos — sem contar o processo de acoplar e retirar o carregador, um processo que deve levar mais quatro segundos. Em termos de eletricidade, isso significa o uso de uma estação de recarga moderna de 600 kW, capaz de transferir o equivalente a 3,85 kWh para o veículo.

O oferecimento da parada para recarga será obrigatório para todas as equipes, mas quando utilizá-la fica por conta de cada montadora, desde que o carro tenha entre 40% e 60% de bateria. Essa decisão é importante, já que representa uma pausa longa no pit-stop, mas que pode ser crucial para o término da prova.

Mais informações sobre a disponibilidade do Pit Boost serão passadas sempre três semanas antes de cada prova. Além disso, só um carro da equipe por vez pode passar pelo processo, que deve ter no máximo dois engenheiros envolvidos e um mecânico para liberar o veículo.

A tecnologia já está em desenvolvimento há pelo menos três anos e, segundo o diretor da Fórmula E, Alberto Longo, a tecnologia pode até ser reutilizada no futuro em carros comerciais e vias públicas.


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