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Rinha de rico
O Projeto Stargate, uma iniciativa de US$ 500 bilhões liderada por Donald Trump para transformar os EUA em referência global em inteligência artificial, está gerando atritos antes mesmo de sair do papel.
Elon Musk, agora à frente do Departamento de Eficiência Governamental, criticou publicamente a capacidade financeira dos envolvidos, incluindo SoftBank e OpenAI, sugerindo que os fundos prometidos são irreais. Em resposta, Sam Altman, CEO da OpenAI, rebateu, acusando Musk de defender seus próprios interesses na IA, como o projeto xAI.
A exclusão da Microsoft do anúncio oficial também expôs rachaduras em sua relação com a OpenAI, que busca mais capacidade computacional para seus projetos ambiciosos. Desde 2019, a Microsoft investiu US$ 13 bilhões na startup de Altman, mas o acordo de exclusividade está limitando a expansão da OpenAI, enquanto a gigante de Redmond prioriza integrar IA ao seu portfólio de software.
Falando em IA…
A inteligência artificial agente, capaz de tomar decisões sem intervenção humana, foi um dos temas mais debatidos no Fórum Econômico Mundial em Davos. Com potencial para trazer retornos imediatos às empresas, a discussão não é apenas técnica, mas estrutural: como gerenciar bots que funcionam como colegas ou mesmo “funcionários”?
Para especialistas como Alan Flower, da HCLTech, o desafio é duplo: coordenar a colaboração entre agentes e humanos, além de alinhar a interação entre agentes de diferentes organizações. A questão central, segundo ele, é se esses bots deverão ter indicadores de desempenho, como KPIs, e como “motivar” seu desempenho.
A urgência, porém, não é apenas operacional, mas ética e educacional. Especialistas alertam para a confiança crescente nos agentes para representar marcas e pessoas sem o devido arcabouço de governança. Enquanto isso, líderes de RH têm uma oportunidade única de moldar essa integração de forma transparente e natural.
Caçando hidrogênio
Uma nova corrida está em andamento, e desta vez o objetivo não é o petróleo, mas o hidrogênio natural — uma fonte energética promissora para descarbonizar indústrias como aviação, transporte marítimo e siderurgia.
Pesquisas recentes mostram que trilhões de toneladas do gás podem estar armazenados em rochas subterrâneas, formadas por reações químicas entre água, ferro e elementos radioativos. Países como a Austrália já estão liderando essa exploração, com startups como a Koloma levantando mais de US$ 350 milhões para mapear e acessar esses depósitos.
Apesar do otimismo, desafios significativos permanecem. A logística de transporte e armazenamento de hidrogênio, sua baixa densidade e a presença de metano nas reservas — um potente gás de efeito estufa — levantam questões sobre a viabilidade econômica e climática do setor. Além disso, técnicas de exploração ainda são baseadas em métodos da indústria de petróleo e gás, que podem não ser as mais adequadas para localizar e extrair o gás de forma eficiente.