Criador de conteúdo com o maior número de inscritos em um canal do YouTube, MrBeast pode em breve se envolver com outra rede social. Isso porque o norte-americano de 26 anos demonstrou interesse em adquirir a plataforma chinesa TikTok.

A história começou em tom de brincadeira, com Jimmy Donaldson, nome real do youtuber, postando na rede social X (o antigo Twitter) que iria comprar o TikTok para impedir que o serviço seja banido dos Estados Unidos dentro de alguns meses.

Com um canal de 347 milhões de inscritos e um programa de desafios na plataforma de streaming Prime Video, Donaldson revelou depois que a conversa era séria: ele teria sido procurado por “muitos bilionários” e prometeu analisar como aquilo poderia se tornar realidade.

 

Em uma nota oficial, os advogados do youtuber confirmaram a intenção de compra a partir de múltiplos parceiros, mas sem que todos os nomes fossem divulgados publicamente. Uma das pessoas envolvidas é Jesse Tinsley, empreendedor em tecnologia e fundador do Employer.com, um serviço digital de Recursos Humanos para o meio corporativo.

Além de produzir vídeos com desafios e brincadeiras envolvendo grandes prêmios em dinheiro, Donaldson costuma usar parte da sua fortuna acumulada com o canal para atividades filantrópicas — o que até já virou polêmica, pois esses feitos são todos exibidos no canal do influenciador.

A situação do TikTok nos EUA

Até o momento, a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, não se manifestou sobre a oferta do grupo liderado por Mr.Beast. O youtuber e os empresários, entretanto, não são os únicos na disputa pela plataforma que tem mais de 170 milhões de usuários só nos EUA.

A rede social chinesa teve o banimento aprovado ainda em 2024 após uma lei passar no Legislativo e ser sancionada pelo então presidente Joe Biden. O prazo para a ByteDance tirar o app do ar ou encontrar um comprador terminou no último domingo (19) e, durante algumas horas, a rede social de fato ficou fora do ar para os estadunidenses.

Porém, a situação mudou bruscamente com a posse do novo presidente, Donald Trump. Ele prometeu durante a campanha que “salvaria o TikTok” e expandiu o prazo para que o serviço encontre uma solução para seguir operando no país — o que, na prática, atualmente seria apenas a venda para uma empresa ou investidores norte-americanos ou uma difícil reversão da lei.

O TikTok é acusado de ser um aplicativo com laços com o governo chinês e, portanto, um risco para a segurança nacional e para a privacidade dos usuários. A empresa nega esse envolvimento e alega liberdade de expressão para seguir operando no país, mas o argumento foi desconsiderado em todas as instâncias judiciais.

O nome de Elon Musk chegou a ser sugerido como um dos potenciais compradores, mas a ByteDance já negou o envolvimento do bilionário. Porém, nos últimos dias, a companhia chinesa se mostrou mais disposta a ouvir ofertas e talvez até realmente negociar a plataforma por um preço ainda não revelado.


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