A quantidade de transferências via Pix caiu bruscamente nos primeiros dias de janeiro de 2025 em comparação com o início do mês anterior. Os dados foram revelados pelo jornal O Globo, a partir de informações oficiais do Banco Central (BC).

Segundo o estudo, foram 1,250 bilhão de transações via Pix entre os dias 4 e 10 de janeiro de 2025. O número é 10,9% menor do que a quantidade de envios feitos na mesma janela de dezembro do ano passado.

O estudo foi realizado nesses dias para concentrar “o maior volume de transferências de cada mês“, pois inclui até pagamento de salários. As transações registradas, porém, só levam em conta operações entre bancos e fintechs diferentes, pois as que são realizadas entre as mesmas instituições só são enviadas em um relatório mensal.

Apesar de dezembro ser também um período de muitos gastos com a proximidade do Natal e o recebimento do 13º salário por parte da classe trabalhadora, o que poderia contribuir para a diferença, a maior queda nesse mesmo intervalo de meses foi de 7,5%, registrada em janeiro de 2022.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil. (Imagem: GettyImages)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil. (Imagem: GettyImages)

Além disso, o volume de janeiro ainda foi menor do que o registrado no início de novembro, outubro e setembro do ano passado — confirmando que o Pix estava em alta até passar por uma queda brusca nos últimos dias.

A desinformação do “imposto do Pix”

Ainda segundo o jornal, o Banco Central  está “preocupado” com as informações falsas sobre o uso do Pix. A instituição, porém, não comentou oficialmente a queda registrada no levantamento.

Apesar de não ser possível comprovar a relação entre a circulação de boatos e a queda nas transações, é possível que o temor da população sobre um suposto imposto ou monitoramento do governo esteja por trás do receio em usar o método de pagamento no começo do ano.

Nos últimos dias, redes sociais e mensageiros foram inundados por notícias falsas sobre um novo imposto cobrado sobre o Pix e o anúncio de que transações de alto valor por esse formato serão monitoradas pela Receita Federal.

O governo desmentiu a informação, mas versões do boato seguem circulando e até viraram tema de um golpe virtual.

As novas novas regras de fiscalização de transações financeiras exigem que instituições financeiras informem a Receita Federal quando transações ultrapassem R$ 5 mil (para pessoas físicas) e R$ 15 mil (no caso de empresas) mensalmente. O objetivo, de acordo com o governo, é fiscalizar eventuais sonegações e movimentações que não batem com a renda do indivíduo.


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