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Falta energia masculina?
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, quer mais “energia masculina” na cultura da empresa. A declaração, feita no podcast de Joe Rogan, aponta para uma guinada cultural e política em um momento delicado para as redes sociais sob seu controle. Zuckerberg criticou o que considera um excesso de “energia feminina” no ambiente corporativo e promove uma visão de agressividade e competitividade – inspirada em sua paixão recente por artes marciais.
No entanto, os dados mostram uma desconexão entre a visão de Zuckerberg e a realidade de suas plataformas. Nos EUA, 78% das mulheres usam o Facebook, contra 61% dos homens, segundo o Pew Research Center. Enquanto Zuckerberg busca atrair mais homens jovens com uma cultura “agressiva”, o Facebook é dominado por grupos organizados por mulheres, que movimentam comunidades de mães, decoração e trocas locais.
E tem mais: se falta “energia masculina” na cultura corporativa, o que explica o fato de que homens lideram 89% das empresas da Fortune 500? A realidade é que a liderança masculina não apenas domina, mas molda há séculos o funcionamento das grandes corporações. Em vez de abordar como incluir perspectivas diversas, o discurso de Zuckerberg reforça uma visão limitada, ignorando o impacto positivo que as lideranças femininas e inclusivas trouxeram ao mercado nas últimas décadas.
Dinheiro no lixo (antes mesmo de perder)
James Howells, o britânico que afirma ter perdido um disco rígido contendo 7.500 Bitcoins em 2013, viu seu mais recente esforço judicial fracassar. Na semana passada, um juiz rejeitou o pedido de Howells para escavar um aterro sanitário em Newport, onde o dispositivo estaria descartado, avaliando que a busca não teria “nenhuma perspectiva realista de sucesso”.
A história começou quando Howells, por engano, colocou o laptop com a carteira digital em um saco de lixo, que foi descartado por sua parceira. Na época, cada Bitcoin valia cerca de US$ 100; hoje, a carteira poderia valer US$ 750 milhões e, segundo Howells, chegar a US$ 1 bilhão em 2024.
O investidor ofereceu pagar pela escavação e dividir os ganhos com a cidade, mas as autoridades alegaram questões ambientais e reforçaram que o disco rígido pertence ao município desde que foi descartado. O juiz concordou com o argumento, encerrando o caso no tribunal local.
Americanas aposta em lojas menores e eficiência operacional para se reerguer
Dois anos após o rombo bilionário que abalou seu balanço, a Americanas redefine seu modelo de negócios com uma abordagem mais enxuta. Sob a liderança do CEO Leonardo Coelho, a rede varejista adotou o lema de vender apenas produtos que o cliente possa levar “debaixo do braço”, deixando itens maiores, como geladeiras e sofás, restritos ao e-commerce, agora operado apenas por terceiros.
A estratégia já mostra sinais de recuperação. No terceiro trimestre de 2024, o GMV das lojas físicas cresceu 14,4%, enquanto o Ebitda ajustado atingiu R$ 497 milhões, revertendo resultados negativos. No entanto, o digital enfrenta desafios, com queda de 49,4% no GMV no mesmo período.
A CFO Camille Faria destaca a padronização das lojas e a redução do portfólio de produtos como pilares para melhorar a experiência do cliente e aumentar a rentabilidade. “O foco agora é o básico, o que tem saída rápida e agrega valor,” afirma.