Embarque em uma exploração pelo universo com o TecMundo! Toda semana, nós e o #AstroMiniBR selecionamos as últimas novidades e curiosidades astronômicas para compartilhar com você, um pouco mais sobre o nosso fantástico e vasto cosmo. Confira!

1. Os jatos incomuns de um buraco negro supermassivo

Astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) observaram rajadas incomuns de raios-X vindas do buraco negro supermassivo 1ES 1927+654, localizado a aproximadamente 270 milhões de anos-luz da Terra.

Essas rajadas aumentaram em frequência ao longo de dois anos, passando de uma ocorrência a cada 18 minutos para uma a cada 7 minutos, um comportamento que nunca havia sido documentado antes em buracos negros.

Representação artística dos jatos emitidos por um buraco negro supermassivo.
Representação artística dos jatos emitidos por um buraco negro supermassivo. (Fonte: Getty Images)

A equipe de pesquisa propõe que uma anã branca — um remanescente estelar denso — pode estar orbitando perigosamente perto do horizonte de eventos do buraco negro. Essa proximidade poderia explicar as emissões periódicas de raios-X, sugerindo que anãs brancas podem sobreviver perto de buracos negros por períodos prolongados sem serem consumidas.

Detectar ondas gravitacionais desse sistema poderia fornecer mais evidências da presença da anã branca. Embora detectores atuais, como o LIGO, não tenham a sensibilidade necessária, instrumentos futuros, como o planejado Laser Interferometer Space Antenna (LISA) da NASA, podem ser capazes de realizar essas medições, o que abriria novas possibilidades para entender a dinâmica dos buracos negros e suas interações com objetos próximos.

2. Os planetas órfãos da Via Láctea

Planetas órfãos, também conhecidos como planetas interestelares, são objetos celestes que vagam pelo espaço sem estarem gravitacionalmente ligados a uma estrela.

Diferentemente dos planetas tradicionais, que orbitam uma estrela central como o Sol no nosso Sistema Solar, esses planetas percorrem trajetórias independentes, navegando livremente pela escuridão do espaço interestelar.

Acredita-se que muitos desses planetas foram expulsos de seus sistemas originais devido a interações gravitacionais com outros corpos massivos, como estrelas próximas ou outros planetas gigantes, durante as fases iniciais de formação do sistema planetário.

Esses planetas são difíceis de detectar porque não possuem uma fonte luminosa próxima para refletir a luz e revelar sua presença. No entanto, cientistas utilizam técnicas como o microlente gravitacional para identificá-los.

Essa técnica se baseia na previsão da Teoria da Relatividade Geral, que afirma que um corpo massivo pode curvar a luz de objetos distantes, agindo como uma lente natural. Quando um planeta órfão passa na frente de uma estrela distante, sua gravidade distorce a luz da estrela, permitindo aos astrônomos inferir a presença do planeta.

Estimativas sugerem que nossa galáxia, a Via Láctea, pode conter bilhões desses mundos solitários. Alguns estudos até sugerem que planetas órfãos gigantes, com luas ao seu redor, poderiam criar condições habitáveis em suas luas devido ao calor gerado por interações de maré.

3. Descoberta nova reação de oxigênio molecular

Cientistas descobriram uma nova reação química que permite a formação de oxigênio molecular (O2) em atmosferas ricas em dióxido de carbono (CO2), como as de Marte e Vênus.

Tradicionalmente, a presença de O2 na atmosfera de um planeta é considerada um possível indicador de vida, pois na Terra ele é majoritariamente produzido por organismos fotossintetizantes. No entanto, este estudo revela que o O2 pode ser gerado por processos não biológicos, desafiando a ideia de que sua presença seja necessariamente um sinal de vida extraterrestre.

O oxigênio molecular pode ser sintetizado de outros modos que não apenas a presença de organismos vivos.
O oxigênio molecular pode ser sintetizado de outros modos que não apenas a presença de organismos vivos. (Fonte: Getty Images)

A pesquisa, conduzida por Shan Xi Tian e Jie Hu da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, identificou que íons de hélio (He) podem reagir com moléculas de CO2 para produzir O2.

Esses íons de hélio são formados quando partículas alfa do vento solar interagem com moléculas na alta atmosfera, criando partículas carregadas que então reagem com o CO2. Este mecanismo pode ocorrer na alta atmosfera de Marte, onde há abundância de CO2 e exposição constante ao vento solar, sugerindo que o O2 detectado ali pode ser originado por este processo abiótico.

Esta descoberta tem implicações significativas para a astrobiologia, indicando que a detecção de oxigênio em exoplanetas com atmosferas ricas em CO2 não deve ser imediatamente interpretada como evidência de vida, uma vez que processos químicos não biológicos podem produzir O2 em condições semelhantes.

Gostou de saber dessas curiosidades sobre o universo? Acompanhe o #AstroMiniBR toda segunda-feira, aqui no TecMundo. Até mais!


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