Conhecido por obras como Sandman, Orquídea Negra, Deuses Americanos e diversas outras, Neil Gaiman voltou a ser alvo de uma reportagem que revela comportamentos agressivos e abusos que ele cometeu nos bastidores. Publicada pela revista New York e pela Vulture, a investigação revela que o autor era adepto de práticas BDSM (Bondage, Disciplina, Submissão, Sadismo e Masoquismo) sem buscar o consentimento de suas parceiras.
Entre aquelas que voltaram a testemunhar contra o autor está Scarlett Pavlovich, que foi contratada pela então esposa de Gaiman, Amanda Palmer, para trabalhar como a babá de seus filhos. Segundo ela, o escritor entrou de forma não solicitada em uma banheira na qual ela estava e realizou vários atos sexuais com os quais ela não concordava ou desejava.
Em seu testemunho, Pavlovich afirmou que o criador de Sandman demonstra ter prazer em exercer uma posição dominadora sobre as outras pessoas. Ao mesmo tempo, ela relata que o escritor só se aproximou dela porque, na época, Amanda Palmer teria dito que ele “não poderia tê-la”.
Gaiman “se aproveitava de pessoas vulneráveis”, diz reportagem
Uma ex-amiga de Gaiman entrevistado pela Vulture afirma que o autor conseguiu agir impunemente durante anos devido às características da comunidade de fãs de fantasia. Segundo ele, muitas dessas pessoas são “inerentemente vulneráveis” e costumam demonstrar um apreço exagerado pelos textos e obras de que gostam.
“E, se você tem moralidade sobre isso, você diz ‘não’”, explicou. A reportagem afirma que, embora muitos soubessem que o criador de Sandman não costumava respeitar relações monogâmicas, todos acreditavam que ele só participava de atos sexuais com o devido consentimento de suas parceiras casuais.
No entanto, Brenda (um pseudônimo) declarou que o escritor sempre foi muito diferente nos bastidores. Após ele receber a premiação da World Horror Convention por seu trabalho em Deuses Americanos, os dois acabaram indo juntos para a cama, momento no qual Gaiman “se transformou”.
“Ele parecia ter um roteiro”, afirmou ela à Vulture. “Ele queria que eu o chamasse de ‘mestre’ imediatamente”. Ela também relatou que o criador de Sandman exigiu que ela fizesse atos como prometer que sua alma pertencia eternamente a ele. “Parecia que ele tinha entrado nesse ritual que não tinha nada a ver comigo”.
Gaiman é acusado de ter se relacionado com várias fãs jovens
Os relatos ouvidos pela Vulture afirmam que os principais casos de abuso de Gaiman ocorreram quando ele já tinha mais de 40 anos de idade e envolviam fãs jovens, na faixa dos 20 anos de idade. O elemento em comum entre eles é a de que o autor costumava ser bastante dominador em seus atos e ignorava pedidos de que ele parasse o que estava fazendo.
As testemunhas também afirmam que, ao justificar suas ações agressivas, o escritor explicava que elas eram a única forma de conseguir ficar excitado. Desde que as primeiras alegações vieram à tona, ele tem se mantido em silêncio, afirmando através de representantes que só participou de atos consensuais e com pessoas maiores de idade.
No entanto, isso não impediu Gaiman de ter sua carreira essencialmente paralisada como consequência das acusações. Ele deixou de ser listado pela Netflix como o produtor da adaptação de Sandman e a última temporada de Good Omens, da Amazon Prime Video, foi encurtada e vai prosseguir em sua temporada final sem qualquer envolvimento do escritor.
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