Elon Musk e outros membros do Department of Government Efficiency (algo como “Departamento de Eficiência do Governo” em tradução livre, ou DOGE) do governo Donald Trump podem ser categorizados como “funcionários públicos especiais”, reportou o New York Times. A categoria permite contratações de até 130 dias por um período consecutivo de 365 dias.
A categoria possibilita contratações remuneradas (ou não) de pessoas que podem contribuir com o governo com expertises ou perspectivas externas. Geralmente, esse tipo de acordo é utilizado para membros de comitês consultivos, especialistas ou consultores.
Segundo o New York Times, alguns dos membros do DOGE trabalharão de forma não remunerada por seis meses. Depois disso, eles voltarão para seus respectivos empregos.
Contudo, como um funcionário público especial, os membros do DOGE estarão sujeitos a um conjunto de regras de conflito de interesses mais limitado do que as normas aplicadas aos funcionários públicos tradicionais.
Isso possibilitaria, por exemplo, que Elon Musk continue gerenciando a SpaceX, a Tesla e o X, enquanto colabora com o governo de Donald Trump.
Colaboração preocupa o governo dos EUA
Em carta enviada a Trump, a senadora Elizabeth Warren alerta que a inclusão de Musk no governo sem um amplo acordo sobre conflitos de interesses abre caminho para corrupção em larga escala.
“Atualmente, o público americano não tem nenhuma forma de saber quando os conselhos oferecidos [por Musk] em segredo são bons para o país — ou apenas bons para os próprios resultados financeiros dele”, pontuou a senadora.
Elon Musk foi um participante ativo da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024. O bilionário investiu cerca de US$ 250 milhões para colaborar com a divulgação do candidato.