Um dos personagens introduzidos na segunda temporada de Round 6, o rapper Thanos vem chamando a atenção do público pelas suas características excêntricas e bastante agressivas. Muito disso é graças à interpretação do ator e cantor Choi Seung-hyun, também conhecido pelo nome artístico T.O.P.
No entanto, o diretor da série, Hwang Dong-hyuk, revelou que o artista quase não conseguiu o papel, que seria dado ao rapper Swings. Em uma entrevista à People, ele afirmou que tinha receio de que T.O.P não aceitasse o papel, já que o personagem da série tem muitas semelhanças com episódios da vida pessoal de seu intérprete que renderam polêmica nos últimos anos, como o consumo de drogas.
Round 6 quase teve um Thanos muito diferente
De acordo com o diretor, a participação em Round 6 traz luz aos talentos de T.O.P após o astro ficar afastado dos holofotes na Coreia do Sul. Depois de um caso envolvendo drogas, ele deixou de atuar e saiu do grupo musical Big Bang.
“Como vocês podem saber, o ator Seung-hyun, cerca de nove anos atrás, se envolveu em um escândalo de maconha na Coreia e não foi capaz de fazer projetos pelos últimos nove anos no país”, explicou o diretor. Segundo ele, Round 6 representa uma espécie de retorno para o ator e cantor, que interpreta um rapper bastante ligado ao consumo de drogas.
“Senti que isso exigiu muita coragem dele, de certa forma, mas interpretar o personagem, especialmente alguém que compartilha muitas similaridades que são negativas para ele como pessoa”, continuou Dong-hyuk. “Então penso que exigiu muita coragem dele em ter aceitado esse papel”.
O diretor afirma que tomou a decisão porque, apesar de gostar das capacidades musicais de Swing (nome artístico de Moon Ji-hoon), tinha preocupações com seu talento para a atuação. Na ativa desde 2008, quando lançou o EP Upgrade, o rapper é um rosto bastante conhecido na Coreia do Sul que já lançou sete álbuns até o momento.
Atualmente ele trabalha com um contrato com a P Nation, um selo musical criado em 2019 pelo famoso Psy, se destacando por ser bastante aberto sobre sua saúde mental. O artista, inclusive, chegou a ser dispensado do serviço militar obrigatório do país graças à sua luta com questões como depressão, bipolaridade e estresse pós-traumático.
Série foi uma segunda chance para T.O.P
Ao mesmo tempo em que Round 6 foi uma chance de T.O.P retomar sua carreira na Coreia do Sul, ela também reacendeu as polêmicas envolvendo o artista. Em 2017, ele foi condenado a 10 meses de prisão por ter sido flagrado usando maconha, substância que é considerada ilegal dentro do país.
There are over 260 news articles made in the last 24 hours in Korea attacking T.O.P, making an issue out of nothing, he simply got chosen in a series! But the media keeps attacking him over him smoking WEED in 2017 which he already dealt for it legally!#RESPECTCHOISEUNGHYUN pic.twitter.com/38fqSQn0wp
— KLIFE (@8KLIFE) June 30, 2023
Um dia depois de ser indiciado pelo caso, ele foi hospitalizado após ser encontrado inconsciente e sofrendo com uma overdose de tranquilizantes. Com o lançamento da série, o caso voltou a ser destaque no país, incluindo diversas matérias direcionadas a atacar o artista e sua escolha para o papel.
Segundo o KLIFE, somente em um período de 24 horas foram publicados 260 artigos negativos em relação a T.O.P por ele ter sido escolhido para a produção da Netflix. No entanto, isso não tem impedido sua interpretação de ser bastante elogiada em nível internacional, o que só deve ajudar a tornar mais decepcionante o fato de que ele não deve retornar na terceira temporada.
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