Hackers ucranianos ‘destroem’ rede de provedor de internet da Rússia

O provedor de internet russo Nodex ficou fora do ar no início da semana após sofrer um ataque cibernético de grandes proporções realizado por hackers ucranianos, de acordo com o TechCrunch. A empresa teve sua rede quase destruída, afetando a distribuição do serviço para os clientes na cidade de São Petersburgo.

Dados da Cloudflare apontam que os problemas com a operadora começaram na segunda-feira (6), quando o tráfego de internet dos usuários da rede fornecida por ela chegou a quase 0%. A indisponibilidade do serviço ainda continuava na quarta-feira (8), conforme a publicação.

“A rede foi destruída. Estamos restaurando-a a partir de cópias de backup”, escreveu a Nodex na plataforma VK, confirmando o ataque sofrido. Ainda conforme a empresa, a invasão também afetou os serviços de telefonia fixa e móvel ofertados por ela, bem como o seu site e a central de atendimento.

Muitos clientes do provedor russo atacado pelos cibercriminosos ucranianos se queixaram da interrupção da conectividade nas redes sociais. Apesar de estar trabalhando na restauração da rede, a prestadora não forneceu nenhum prazo para que os serviços sejam completamente restabelecidos.

Guerra cibernética

Em postagens no Telegram, o grupo Ukrainian Cyber Alliance assumiu a autoria do ciberataque à operadora. “O provedor de internet russo Nodex em São Petersburgo foi completamente saqueado e apagado. Dados exfiltrados, enquanto o equipamento vazio sem backups foi deixado para eles”, disseram os hackers.

Segundo o The Record, a organização formada por ativistas cibernéticos pró-Ucrânia tem liderado uma guerra cibernética contra alvos russos desde o início dos conflitos entre os dois países há quase três anos. Em outubro, o mesmo grupo derrubou o sistema de fiscalização de estacionamentos da cidade de Tver.

Outro ataque que ganhou destaque foi a invasão a um sistema nacional de pagamentos da Rússia, em 2023, possibilitando coletar dados de usuários. Várias ações do tipo também têm sido lançadas por outras comunidades de hackers ucranianos nos últimos meses.