Massa, campo gravitacional e processos de formação tornam os planetas gasosos mais propensos a terem múltiplas luas (Júpiter tem 95 e Saturno, 83). Com menor massa e, consequentemente, campos gravitacionais mais fracos, planetas rochosos, como a Terra e Marte, obtêm suas luas por processos variados, como colisões durante sua fase inicial de formação.

Aqui na Terra, temos praticamente certeza de que a formação da nossa Lua foi o resultado de uma colisão entre o nosso planeta e um protoplaneta do tamanho de Marte, chamado Theia, há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando o Sistema Solar ainda estava em formação. Mas, e o planeta Marte? Como as luas Deimos e Fobos surgiram?

Na falta de rochas marcianas (por enquanto), um estudo recente da NASA, publicado na revista Icarus, usou uma série de simulações de supercomputadores, e descobriu que um asteroide passando perto do planeta vermelho poderia ter sido despedaçado pela gravidade e formado eventualmente os dois satélites naturais marcianos.

Cenários do surgimento de Fobos e Deimos

Para testar essa nova cadeia hipotética de eventos, os pesquisadores trabalharam com um código de computação de alto desempenho e código aberto, chamado SWIFT, e sistemas de computação da Universidade de Durham, no Reino Unido. Eles avaliaram centenas de simulações para o impacto inicial, com um código, e as órbitas dos detritos, com outro.

De todos os cenários obtidos, dois deles se destacaram. O primeiro propõe que as luas marcianas eram originalmente asteroides, que foram capturados inteiros pela gravidade de Marte. Essa hipótese pode ser comprovada pelas formas irregulares e não esféricas de Fobos e Deimos, semelhantes às de asteroides.

Parecida com a da Terra, a segunda hipótese propõe que um impacto colossal na superfície do planeta juntou em uma única explosão materiais de Marte e do impactador em um grande disco que, posteriormente, deu origem às duas luas.

O que diz a nova teoria sobre a formação das luas de Marte?

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Representação artística das luas Fobos e Deimos orbitando Marte. (Fonte NASA)

A terceira possibilidade proposta no estudo atual sugere que um asteroide passou tão perto de Marte que acabou capturado e fragmentado pela força de maré (diferença na aceleração gravitacional entre dois pontos de um mesmo corpo). Exercida pelo planeta, essa força foi tão intensa que pode ter deformado ou despedaçado o asteroide, fenômeno conhecido como limite de Roche.

Tendo suas força de coesão interna superadas pela maré marciana, o asteroide “esticou” e se partiu em pedaços. Nessa simulação, os fragmentos resultantes não escaparam da força gravitacional e formaram um disco de detritos na órbita marciana que, com o passar do tempo, se agregaram, formando os satélites que hoje chamamos de Fobos e Deimos.

Além de fornecer uma terceira via para explicar o surgimento das luas marcianas, as simulações podem ser adaptadas para explicar outros casos de interações entre planeta e corpos menores durante a história do Sistema Solar.

Mantenha-se atualizado com os últimos estudos e descobertas astronômicas aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para conhecer os detalhes da missão da NASA para aterrizar em Marte prevista para os anos 2030. Até mais!

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