A Microsoft anunciou um novo chip voltado para proteção de datacenters. Chamado de Azure Integrated HSM, o modelo focará na encriptação para a plataforma Azure, e além dele a gigante também revelou sua primeira DPU de alta eficiência e soluções de resfriamento.

Começando pelo próprio Azure Integrated HSM (Hardware Security Module), que funciona como um módulo dedicado para endurecer as camadas de proteção dos servidores por meio de encriptação dos dados. Segundo a companhia, a adição do componente não compromete o desempenho dos servidores e também não aumenta a latência na execução dos processos.

A empresa também revelou sua primeira DPU (Unidade de Processamento de Dados), a Azure Boost DPU, especialmente desenvolvida para aumentar a eficiência nos servidores. Enquanto os data centers tradicionais utilizam múltiplas estruturas responsáveis pela leitura de dados via nuvem, essas DPUs prometem consumir 3x menos energia com performance 4x mais alta.

O Azure Integrated HSM será integrado em todos os novos data centers da Microsoft a partir de 2025 (Imagem: Microsoft)
O Azure Integrated HSM será integrado em todos os novos data centers da Microsoft a partir de 2025 (Imagem: Microsoft)

Resfriamento e racks modulares

Além dos chips e novas unidades de processamento, a Microsoft resolveu investir em tecnologias de arrefecimento para os data centers da Azure. O anúncio é referente a um sistema de resfriamento líquido que funciona de maneira conjunta com os racks de servidores, um sidekick, que pode ser adaptado para diferentes aceleradores de IA, como o Nvidia GB200.

Em parceria com a Meta, a Microsoft criou um sistema de racks modular e desagregado, que deve permitir mais flexibilidade na montagem. Cada peça oferecerá correntes de até 400 volts e comportará cerca de 35% a mais de aceleradores de IA, aumentando o ajuste dinâmico de energia necessária para comportar diferentes fluxos de trabalho que têm relação com inteligência artificial.

Combinação de aceleradores

No lado do hardware mais pesado, a companhia revelou que levará a linha de GPUs Blackwell da Nvidia para a nuvem. A empresa irá combinar a plataforma Azure ND GB200 v6 no formato de máquina virtual com o acelerador Nvidia GB200 NVL de 72 racks para aumentar o desempenho de supercomputação em larga escala.

Em relação aos processadores, a grande novidade fica com o Azure HBv5. Essa é uma máquina virtual customizada com a CPU EPYC 9V64H da AMD, disponível exclusivamente para a Azure. A empresa promete desempenho 8x maior contra outras alternativas disponíveis no mercado, graças aos 7 TB de memória disponíveis, e está programado para integrar as máquinas no início de 2025.

Diferente das NPUs para IA, as DPUs são peças mais raras e geralmente encontradas em produtos de linhas profissionais (Imagem: Microsoft)
Diferente das NPUs para IA, as DPUs são peças mais raras e geralmente encontradas em produtos de linhas profissionais (Imagem: Microsoft)

Azure Local

Fora a questão relacionada ao mundo do hardware, a Microsoft anunciou a versão preview do SQL Serve 2025, uma base de dados alimentada por IA para empresas que aumenta a agilidade e implementação na nuvem.

A leva de anúncios também contempla o Azure Local, uma infraestrutura híbrida conectada com a nuvem que mescla o Azure Stacks em uma única plataforma. A ideia dessa tecnologia é que os desenvolvedores possam rodar servidores e máquinas virtuais em PCs validados pela Microsoft para aumentar o processamento de dados em tempo real com latência customizada. O recurso estará disponível em desktops de marcas selecionadas, como Dell, HPE e Lenovo.

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