Independente se você é um grande apreciador de gatos, é inegável que esses animais são mais autônomos e solitários do que os cachorros e outros animais de estimação. Conforme relatado pela BBC, a Universidade de Lincoln (Reino Unido) realizou estudos recentes que comprovam a afirmação anterior e que reforçam a reputação conquistada pelos nossos felinos.

Porém, qual a grande razão para essas pequenas criaturas serem mais relutantes quando o assunto é trabalhar em conjunto? Ou então, porque outras espécies possuem um espírito de equipe mais apurado? Ao que tudo indica, a evolução dos felinos tem muito a ver com o comportamento que nós observamos hoje. Entenda!

Vida na natureza

a(Fonte: Shutterstock)

Em geral, a vida em grupo é um aspecto comum na natureza. Assim como os pássaros foram bandos, os peixes cardumes, os elefantes manadas e por aí vai, predadores também possuem o costume de caçar juntos. Não à toa podemos observar os leões, parentes dos gatos domésticos, vivendo em comunidade.

Porém, a sociedade estabelecida entre predadores é relativamente distante das espécies que são caçadas por outras. Viver em bando é uma estratégia de segurança para muitos animais, porém ir em busca de alimentos não costuma ser fácil. Um predador só consegue uma presa por vez e isso pode gerar escassez de alimento para um grupo.

Isso não significa que viver em comunidade não tenha seus benefícios — muito pelo contrário. No entanto, para algumas espécies, dividir alimento simplesmente não é compensatório. E os felinos se alimentam bastante. A diferença dos leões para outros gatos menores é que suas presas normalmente são grandes o suficiente para serem divididas entre vários membros de um grupo, privilégio que somente uma força descomunal desses predadores pode proporcionar.

Processo de domesticação

a(Fonte: Shutterstock)

Mesmo se a herança genealógica tenha ensinado aos gatos serem solitários, é de se imaginar que a domesticação por parte dos humanos teria alterado essa preferência pela solidão. Entretanto, é preciso entender que os gatos praticamente se domesticaram por conta própria.

A explicação é simples: os gatos domésticos são descendentes diretos dos gatos selvagens do Oriente Médio, ou gato-do-mato. Esses animais não abandonaram as florestas porque foram “forçados”, mas porque queriam morar perto dos alojamentos humanos — onde era mais fácil encontrar ratos.

Com isso, eles se tornaram uma ferramenta útil para manter nossas casas limpas e nós nos tornamos uma fonte segura de alimento para eles. Assim, eles desenvolveram mecanismos para conviver conosco, mesmo que isso envolva um nível de sociabilização diferente de outros animais domésticos.

Esses vínculos afetivos parecem estar se fortalecendo cada vez mais com o passar do tempo, mas ainda é possível notar os sinais de que os gatos simplesmente não acham vantajoso ter que dividir e compartilhar — principalmente comida — com humanos e outros da sua espécie. Portanto, dê o espaço necessário para que o seu gato continue se sentindo confortável e feliz de morar com você!

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