Atualmente, o amado e odiado cartão de crédito configura como uma das principais modalidades de pagamento, reunindo, segundo a Shift Processing, 2,8 bilhões de cartões no mundo, sendo a Visa e Mastercard as maiores potências da indústria.

Com base em dados de 2017 erguidos pela The Global Economy, a média de usuários mundiais com base em 142 países, é de 19,28% da população global. Só no Brasil já são quase 52 milhões de adeptos ao cartão, sendo que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), mostrou dados que, só em 2021, os brasileiros realizaram 31,1 bilhões de transações com cartão, dos quais 14,7 bilhões foram feitas no crédito, significando um aumento de 34,5% com relação a 2020.

O mercado global de pagamentos com crédito foi avaliado em US$ 138,43 bilhões em 2020, devendo atingir US$ 263,47 bilhões até 2028, mostrando-se um verdadeiro pináculo da economia. 

O mais interessante é saber que esse tipo de negócio que parece tão atual, na verdade, data de pelo menos 5 mil anos atrás.

Um negócio antigo

(Fonte: American History/Reprodução)(Fonte: American History/Reprodução)

Inscrições em tabuletas feitas de argila já eram feitas na Mesopotâmia para simular o conceito de crédito, usadas em transações entre comerciantes e vizinhos naquela região e no território onde fica a cidade paquistanesa de Harappa. Já no século XIX, durante o período do Velho Oeste americano (compreendido entre 1860 e 1890), os comerciantes concediam suas mercadorias aos agricultores e pecuaristas que não tinham dinheiro em espécie adiantado para compra, por meio de moedas de metal ou pequenas placas como recibo do empréstimo, que seria reembolsado conforme os credores fizessem a colheita.

Na década de 1930, as lojas de departamentos em Nova York começaram a usar o sistema de crédito emitido pela Charga-Plate Group Inc., cuja cobrança era feito através de uma placa de metal parecida com uma coleira de identificação animal, onde havia impresso o nome do cliente, a cidade e o endereço. No verso, acompanhava um pequeno bloco de papel que o cliente poderia assinar e usar como crédito na loja.

Em alguns casos, as placas poderiam ser mantidas na loja emissora em vez de repetidas pelos clientes. No momento da compra, um funcionário recuperava a placa dos arquivos da loja e a processava para efetuar o pagamento.

(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)

Esse processo teve fim em 1950, logo que Frank McNamara e seu sócio Ralph Schneider fundaram a Diners Club International, a primeira companhia de crédito que emitiu o modelo de cartão moderno. Os usuários do cartão debitavam sua refeição nele e o restaurante enviava a conta para o Diners Club, que enviava o pagamento para o banco do restaurante e recebia uma comissão pela transação. No final do mês, a conta chegava na casa dos titulares do cartão, exatamente como nos moldes atuais.

Só no ano de seu lançamento, a Diners Club arrebanhou 10 mil usuários, incluindo 28 restaurantes adeptos e 2 hotéis. Em 1953, a modalidade de pagamento já deixava os Estados Unidos para se infiltrar no Reino Unido, Cuba, Canadá e México, usada quase que exclusivamente por membros da alta sociedade.

Uma revolução no mercado

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Instigados pelo sucesso absoluto, a American Express entrou no ramo em 1958, ao desenvolver o primeiro cartão de crédito que permitia que os clientes usassem para pagar qualquer finalidade.

A empresa foi responsável por desenvolver a taxa de intercâmbio quando fez os comerciantes que aceitavam seu cartão, pagarem à American Express uma porcentagem do valor cobrado sobre sua mercadoria.

No mesmo ano, a Bank of America emitiu seu cartão com um limite pré-aprovado de US$ 300 a US$ 60 mil, a princípio apenas para os moradores da cidade de Fresno, na Califórnia, onde ficava a sede do banco, depois para todo o estado, em 1966.

A partir desse momento, o cartão de crédito rotativo, ou seja, aquele no qual era possível carregar um saldo mensal, se tornou um sucesso nos EUA, principalmente entre a classe média emergente.

Em 1976, o Bank of America mudou seu nome para Visa, porque a palavra similar em quase todos os idiomas. Ao lado da Mastercard, as duas compõem as gigantes financeiras da indústria de cartões de crédito até hoje, com 798 e 725 milhões de usuários pelo mundo, respectivamente.

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